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Opinião: A importância de tratar sobre doenças psicológicas | por UAN LUIZ

Doenças psicológicas: um grito silencioso de socorro

10/03/2018 às 00h27 Atualizada em 10/03/2018 às 14h16
Por: Correio Fonte: Artigos | Correio da Cidade
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Uan Luiz é Geógrafo pela UEFS e colunista do Correio da Cidade
Uan Luiz é Geógrafo pela UEFS e colunista do Correio da Cidade

Por: Uan Luiz Magalhães Gomes da Silva

A partir de análises e percepções, pude perceber; que em nosso país está havendo um aumento exponencial em surtos de transtornos psicológicos, com ênfase em nossa cidade (Santo Estevão), onde pessoas com problemas depressivos acabaram ceifando suas vidas de maneira brutal. E sem esquecer o último caso, que deixou todas as pessoas de nossa cidade com uma comoção enorme, que foi causada por uma doença mental bastante grave e que merece uma atenção muito maior, que é a esquizofrenia.

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que altera as percepções da realidade dos pacientes que são diagnosticados com esse problema. Os sintomas geralmente são: delírios, alucinações, pensamento desorganizado, entre outros. A causa da esquizofrenia ainda não se sabe ao certo, mas pode ter influência em um conjunto de fatores, como a genética, o ambiente onde a pessoa está inserido, estrutura social e financeira e química cerebrais alteradas, podem influenciar no surgimento desse transtorno.

Infelizmente nossa cidade carece muito de políticas voltadas a uma conscientização em torno dos problemas e doenças psicológicas, aqui ainda há uma grande aversão a esse tratamento, onde, muitos têm grande preconceito aos profissionais dessa área. Em pleno século XXI, vemos pessoas dizendo: "Há, não irei a um psicólogo, pois não sou doido.". "Meu filho não necessita de psicopedagogo, ele não é maluco". "Se ele tem problemas, porque não se mata, mas tenta matar os outros?" (este último relacionado à esquizofrenia)... E muitas outras falas expressadas por diversas pessoas. Pois bem, as pessoas que procuram psicólogos ou psiquiatras, não são “doidos”, mas percebem que estão enfrentando problemas que não conseguem carrega-los sozinhos, e que necessitam de uma ajuda profissional para poder entender melhor o que se passa com ele(a). Se todos soubessem o quão bem faz ter sessões com psicólogos, todos iriam procurar um profissional para se consultar.

Muitos problemas e sofrimentos (principalmente familiares) poderiam ser evitados se não houvesse tamanha desinformação da população sobre essas questões. Depressão, esquizofrenia, síndrome do pânico, ansiedade, entre outros transtornos. Não é brincadeira, não é fingimento, são problemas reais e que está cada vez mais crescente ao nosso redor. Fatores ambientais, correria do dia a dia, acontecimentos traumáticos, carência, solidão, insatisfação pessoal e profissional, desempenho de inúmeros papéis, entre outros; também tem grande contribuição no surgimento dessas doenças.

Estudos recentes diagnosticaram um crescimento no quadro depressivo do Brasil, o número é impressionante e chega à marca de 705% de aumento em 16 anos.

De acordo com dados obtidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde), estes problemas afetam cerca de 340 milhões de pessoas e causam 850 mil suicídios por ano em todo o mundo. Somente no Brasil, são cerca de 13 milhões de depressivos. Atualmente, a depressão é apontada como a quinta maior questão de saúde pública pela OMS, sendo que até 2020 deverá estar em segundo lugar.

“O mais perigoso desses números são os dados da própria OMS, os quais refletem que cerca de 75% das pessoas com depressão não recebem tratamentos adequados e específicos. É diante de uma questão complicada como esta que precisamos especializar profissionais da grande área da saúde na prática clínica, mediante a avaliação crítica da eficácia e segurança dos medicamentos”, afirma o Prof. Dr. Carlos Eduardo Pulz Araujo, Coordenador do Programa de Pós-Graduação Lato sensu em Farmacologia Clínica da USF (Universidade São Francisco).

Cada vez mais cedo essa terrível doença vem assolando a população brasileira, e como visto ultimamente, não está longe de uma realidade santo-estevense.

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