Nesta semana a Conmebol acusou seus três últimos presidentes de vários crimes, o mais grave deles o desvio de US$ 129 milhões dos cofres da entidade. Nos documentos que apresentou ao Ministério Público do Paraguai, a Conmebol também acusou ex-integrantes de seu Comitê Executivo de "conivência" e "acobertamento" dos crimes.
No período em que ocorreram os supostos desvios – 2000 a 2015 – os representantes do Brasil no Comitê Executivo da Conmebol eram Ricardo Teixeria (até 2012) e o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero (2012-2015). A CBF não quis comentar o assunto.
O advogado da Conmebol que assina a denúncia, Osvaldo Granada, declarou ao jornalista Rodrigo Mattos, do UOL, que "todos os que figuraram no Comitê Executivo" podem ser acusados na Justiça do Paraguai.
A denúncia diz:
- Sobra dizer que os órgãos de controle d Conmebol estavam a cargo de pessoas que nunca alertaram sobre as graves irregularidades identificadas. Os elementos disponíveis fazem supor seriamente que as principais autoridades da Conmebol atuaram durante anos na mais absoluta conivência [...] e acobertamento dos atos agora reportados.
Levada ao pé da letra, a denúncia pode respingar até no atual presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, que participou do Comitê Executivo em 2014, quando o presidente da entidade era o também paraguaio Juan Angel Napout.
Especialistas em direito desportivo internacional e dirigentes atuais da Conmebol afirmam que as implicações maiores devem recair sobre os ex-tesoureiros da entidade, e não sobre os integrantes do Comitê Executivo.
Como o GloboEsporte.com revelou nesta semana, o Banco do Brasil foi acusado de omitir esses desvios – o banco rebateu o que chamou de "ilações" e afirmou ter prestado todas as informações solicitadas por autoridades paraguaias.
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