De acordo com o coordenador de Polícia Civil, delegado Roberto Leal, que acompanha o caso Jessica, o acusado George Breu passou por exames de corpo e delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e foi encaminhado para o Conjunto Penal de Feira de Santana.
Segundo o delegado, as investigações realizadas pela delegacia de Santo Estevão e pela 1ª Coorpin em Feira de Santana angariaram provas suficientes que indicam a participação do investigado no crime.
Foto: Ed Santos
“Pelas provas levantadas até o momento, há o indicativo de que ele cometeu o feminicídio, bem como o aborto, pois a vítima estava grávida de aproximadamente 9 meses. Ele foi preso em Feira de Santana, nas proximidades do bairro Jomafa e não esboçou qualquer tipo de reação, manteve-se em silêncio. Os próximos passos são fazer um novo interrogatório com ele com as provas levantadas e outras diligências que ainda estão em andamento”, informou Roberto Leal, em entrevista ao Acorda Cidade.
O delegado relatou ainda que durante os depoimentos do acusado houve contradições entre as primeiras informações prestadas por ele e também o resultado da perícia técnica.
“O trabalho da perícia foi excelente tanto em relação à necrópsia, bem como no local do crime, que apontou várias divergências que não corroboravam com as declarações prestadas por ele. Também nas suas declarações foram obtidas informações que posteriormente conseguimos comprovar através de testemunhas e provas técnicas. O laudo indica que a versão dele apresentava inconsistências, principalmente em relação ao disparo, posto que a perícia apontou que tratava-se de uma arma de dois canos e essa arma foi disparada duas vezes, embora apenas um tiro foi deflagrado completamente e que realmente vitimou a senhora Jéssica. No caso de um acidente, teria sido apenas um disparo único, mas ocorreu nas costas, a arma foi acionada por duas vezes, a prova técnica mostra o fato, o que indica realmente que ele tenha participação”, destacou.
O coordenador de Polícia disse que ainda não foi revelada a motivação do crime, pois George Abreu manteve-se em silêncio o tempo todo.
“Vamos agora marcar outro interrogatório com ele e ouvir testemunhas que ainda faltam. Várias pessoas serão ouvidas na próxima semana e agora vamos aguardar o prazo de 30 dias, a prisão foi temporária, e temos um prazo de 30 dias para conclusão desse procedimento”, concluiu.
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