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Exploração ilegal de imóveis leva polícia do Rio a combater milícia
Criminosos atuam na região da Muzema
28/04/2022 08h11
Por: Correio Fonte: Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Agentes do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, estão hoje (28) nas ruas da Barra da Tijuca,  Jacarepaguá, Itanhangá, Copacabana, Tijuca, Penha, Freguesia e no município de Nova Friburgo para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma milícia e empresas que atuam na exploração ilegal de imóveis da região da Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro.

A Operação Caixa de Areia 2, realizada pelos policiais, é parte do Programa Cidade Integrada do governo estadual para a retomada de territórios. A ação tem o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), as investigações indicam que as empresas alvo da operação são utilizadas por supostos empresários do ramo imobiliário para lavagem de dinheiro do esquema criminoso.

As apurações apontaram ainda que, durante as investigações, “os suspeitos movimentaram recursos incompatíveis com a capacidade financeira declarada, com ingresso de grande quantidade de dinheiro em espécie em contas bancárias, totalizando cerca de R$ 100 milhões”.

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Laranjas

O foco da ação é obter novas provas, a partir de apreensão de documentos, escrituras de imóveis, telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos. A intenção é investigar o uso de pessoas interpostas, os chamados laranjas, e empresas de fachada, como imobiliárias, construtoras, lojas de material de construção e açougues.

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Segundo a Secretaria de Polícia Civil, os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada, com atuação da 1ª Promotoria Especializada de Investigação Penal. Acrescentou que os alvos já foram denunciados.

A primeira fase da operação ocorreu em maio do ano passado, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões de contas bancárias dos envolvidos.