A agricultora Lindalva Cardoso de Araújo cultiva abóbora e pimentão no assentamento Antônio Juvêncio, no município goiano de Padre Bernardo, no Entorno do Distrito Federal, e pretende investir em maracujá. A fruta pode ser comercializadain naturaou a polpa, o que dá mais trabalho. No entanto, a comercialização da polpa agrega valor ao produto, o que eleva os ganhos na venda. “Com a chegada da Emater-DF aqui, nossas possibilidades aumentam”, comemora.
Por meio de um contrato entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), fruto do programa Produzir Brasil, técnicos da Emater-DF estão atendendo nos assentamentos Antônio Juvêncio e Santa Helena, ambos em Padre Bernardo. “O atendimento dos técnicos será muito importante. Trabalho na roça desde cedo, mas não sei tudo, sou um aprendiz”, diz Damião Cardoso, filho de Lindalva. Com a ajuda do filho, a produtora cultiva as hortaliças e revende na Feira do Produtor, em Ceilândia e no Ceasa-DF.
“O atendimento dos técnicos será muito importante. Trabalho na roça desde cedo, mas não sei tudo, sou um aprendiz”Damião Cardoso, produtor
De acordo com o supervisor regional Leste da Emater-DF, Mateus Miranda, o atendimento está na quinta etapa do contrato. “Nessa fase, definimos com os assentados e suas famílias quais são os projetos viáveis que podem ser desenvolvidos, adequando à expectativa dos agricultores”, explica. Nas duas comunidades, a fruticultura e a bovinocultura são os focos.
Em visita realizada na manhã desta quarta-feira (5), os técnicos Carlos Morais e Paulo Álvares, além de Mateus Miranda, conheceram de perto a propriedade de Lindalva e adiantaram questões documentais, além de terem conversado sobre aspectos técnicos da produção. “A escolha do maracujá é ótima, pois é um produto com boa saída e bom tempo de venda. Não exige rapidez para comercialização”, adianta Morais.
A chácara da família já possui espaldadeiras — estruturas onde os pés de maracujá crescem, já que a fruta é uma espécie de trepadeira. “Após o plantio, em cerca de cinco a seis meses já pode haver a colheita”, aponta Carlos Morais. Mateus Miranda observa que o foco agora é correr atrás da documentação ambiental. “É necessário agilizar, junto ao órgão estadual goiano, a outorga e licença para uso da água”, detalha o extensionista. A família está animada com a chegada da Emater-DF à comunidade. “Acreditamos que é possível aumentar a produtividade e, consequentemente, a renda”, espera Damião.
Além das duas comunidades no município goiano, o contrato com a Anater prevê o atendimento a outros três assentamentos no Distrito Federal: Oziel Alves III, Marcia Cordeiro Leite e Pequeno William, todos na região administrativa de Planaltina. Ao todo, 374 famílias estão sendo beneficiadas. O valor do convênio é de R$ 1,4 milhão, sendo que a agência federal cobre 70% — R$ 995 mil.
*Com informações da Emater-DF