Na manhã desta sexta-feira (14) foram coletadas amostras de água em tanques, localizados na Agrovila, onde no último sábado (8) foi identificado a presença de peixes mortos. O material será encaminhado para análise físico-química e bacteriológica, e outros parâmetros.
Estão empenhados neste trabalho de investigação, o diretor de Educação Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMAM), João Dias, e a professora-doutora Hilda Teles, da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia).
Segundo João Dias, o Riacho da Pindoba está contaminado e poluído, uma vez que não há coleta e tratamento de esgoto nesta localidade, exceto nos condomínios. Este é o maior riacho de Feira. Nasce na Lagoa da Pindoba, próximo à UEFS, e deságua no Rio Pojuca. Portanto, a água não é recomendada para criação de peixes e estes animais não podem ser consumidos.
“Verificamos poluição com o lançamento de esgotos, odor e também contaminação devido a alteração de alguns parâmetros, principalmente o Oxigênio dissolvido (OD), que precisa estar em torno de 8 mm/L e está em 2.2 mm/L”,explica professora Hilda Talma. Ainda segundo ela um dos fatores que faz com que tilápia morra é a mudança brusca da temperatura.
“Sendo assim, nos três dias que foram registradas as mortes provavelmente a temperatura estava alterada. Hoje (14) a temperatura já estava adequada em torno de 26 ºC”, acrescenta reforçando que a água não tem qualidade para criação de peixes. Hilda Talma ressalta ainda que o consumo destes peixes pode provocar doenças, sendo as principais desinteria, hepatite A e febre tifoide.
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