Cada vez é mais constante entre as pessoas usar a bicicleta para fugir de engarrafamentos, emagrecer, melhorar o tônus muscular e a saúde do corpo em geral. Além de ser um meio de transporte barato e sustentável, a bike também é uma ferramenta para quem quer apenas se exercitar. O Distrito Federal segue essa tendência, com 636,890 quilômetros de ciclovias, número que coloca a cidade como a segunda colocada no país em vias construídas, abaixo apenas de São Paulo. No momento estão em construção mais duas ciclovias na cidade, sendo uma na vicinal VC-361, em Santa Maria, e outra no Gama, ligando a cidade ao Catetinho. A pista do Catetinho teve início no primeiro semestre e já está 50% executada.
O secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, destaca o fato de Brasília ser uma cidade plana como um dos fatores da preferência dos brasilienses pelas bicicletas
Na região administrativa do Gama, a nova ciclovia tem início na saída da RA, pouco antes do Terminal do BRT, e vai até o Catetinho (Epia Sul – próximo ao início da BR-040). A extensão é de 9,3 quilômetros e está em fase de projeto na Superintendência Técnica do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF). Ao longo da VC-361, em Santa Maria, a construção de mais uma ciclovia teve início em fevereiro e custará R$ 4,6 milhões, sendo que esse valor inclui a pavimentação asfáltica da rodovia e a construção da ciclovia.
A ligação por meio de ciclovia entre Gama e Santa Maria foi construída em 2020 pelo DER-DF. Foram investidos R$ 651 milhões na execução da obra. Ainda em Santa Maria, a VC-371 foi pavimentada e uma ciclovia com 4,5 km de extensão – entre a BR-040/050 até a DF-290 – foi criada, ligando o Condomínio Total Ville à cidade. No total desta obra, que inclui a pavimentação da rodovia e a implantação da ciclovia, foram investidos R$ 6,7 milhões. O equipamento foi entregue à população em fevereiro de 2021.
23 km de ciclovia
Um outro projeto grandioso está em estudo na Superintendência Técnica do DER-DF. Trata-se da ciclovia na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), que fará a ligação entre o Catetinho e o Balão do Colorado, e terá extensão de 23 quilômetros. O trecho de 5 km, que vai do Balão do Colorado até o Balão do Torto, já está pronto.
O secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, destaca o fato de Brasília ser uma cidade plana como um dos fatores da preferência dos brasilienses pelas bicicletas. Casimiro informa que o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que está em tramitação, prevê a ligação das quadras 900 a 600 do Plano Piloto.
Outro projeto em curso na Semob, segundo o secretário, é a iluminação das ciclovias do DF. As duas iniciativas atenderão antigas reivindicações do pessoal do pedal. “Será possível ir da W3 Norte a L2 Norte, isso sem contar com o que já foi feito”, frisa. Casimiro diz, ainda, que “o VLT contempla a ligação da parte leste à oeste da cidade, contando, ainda, com a revitalização das calçadas e da parte de trás dos comércios da W3 Norte”.
Perfil do usuário de bike no DF
De acordo com a Pesquisa Nacional sobre Mobilidade por Bicicleta, do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), de 2021, 64,8% dos usuários de bicicleta têm entre 20 e 39 anos; 13,1% possuem renda entre um e dois salários mínimos; 68,5% usam bicicleta como meio de transporte há menos de cinco anos; 47,6% pedalam cinco dias ou mais por semana; 52,9% gastam até 30 minutos no principal percurso; e 34,4% utilizam a bicicleta combinada com outro modal de transporte.
A pesquisa também analisou a motivação para pedalar do brasiliense. Do total de entrevistados, 34% pedalam por questões de saúde; 25,7%, devido ao baixo custo do meio de transporte; 23,1%, por rapidez e praticidade; 9,2% apresentaram outros motivos; e 8% por consciência ambiental.
A organização não governamental Rodas da Paz, embora reconheça que existe no DF uma grande malha cicloviária, faz sugestões e reivindicações para melhorar a mobilidade dos usuários, algumas já previstas, como a ligação por ciclovias entre L4 Norte e W3 Norte e a melhoria na iluminação das ciclovia do Park Way. A ONG também reivindica a construção de mais bicicletários e paraciclos em locais onde as pessoas possam deixar a bicicleta e usar outro meio de transporte.