Um imóvel no bairro Queimadinha voltou a registar aquecimento do piso – aproximadamente 54º. Na última segunda-feira (17), técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmam) e Defesa Civil, acompanhados da professora-doutora em Química da UFRB, Hilda Talma, estiveram na casa localizada na rua Alcides Fadiga para avaliar o problema.
O diretor do Departamento de Educação Ambiental, João Dias, explica que a casa foi construída em Área de Proteção Ambiental (APP), onde existia a Lagoa do Prato Raso, e aterrada pelas ocupações irregulares. A situação foi registrada pela primeira vez em 2019, quando chegou a atingir 100º. Desde então, o fato não havia se repetido.
“Identificamos o que estaria provocando o aquecimento do piso. Constatamos que aqui existia uma lagoa no passado, que foi aterrada. A vegetação característica pode ter sido encoberta também, como baronezas e macrófitas aquáticas. Com o passar do tempo essa matéria orgânica está sendo transformada em energia, o que ocasiona o calor”, explica o diretor João Dias.
A professora da UFRB, Hilda Talma, reitera que o fato das casas terem sido construídas em cima de lagoa, onde há presença de matéria orgânica, pode gerar gases com risco de explosão. Contudo, desta vez não foi identificado o gás metano.
“Houve uma atitude imediata de furar o piso para que a temperatura irradiasse. Importante destacar que se trata de um fenômeno natural e desta vez é em uma área específica do cômodo, não atingiu outras áreas ou casas”, explica Hilda Talma.
De acordo com o diretor do Departamento de Educação Ambiental, após a avaliação está sendo elaborado um relatório com as medidas a serem tomadas. Por enquanto, a casa segue sendo monitorada pela Semmam e Defesa Civil.
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