O operário Erik Mascarenhas, 22 anos, estava trabalhando na obra do metrô nesta terça-feira, 3, quando viu a motorista Ana Carolina de Andrade Soares perder o controle do Voyage, de placa OLT-7585, e bater no guardrail da avenida Paralela, sentido aeroporto. Com o impacto, a estrutura metálica atravessou o automóvel, atingindo a condutora, que morreu no local.
Quando percebeu a gravidade do acidente, Erik, que fez curso de socorrista profissional com o Corpo de Bombeiros, correu para ajudar. Ele conta que tentou entrar no veículo pela janela da motorista, mas não conseguiu porque a porta estava travada com o guardrail.
"Eu entrei pela janela do banco traseiro esquerdo, onde o bebê estava. Dei prioridade para ele, porque vi que tinha sinais de vida", contou. De acordo com o rapaz, o garoto não foi atingido por pouco, já que o bebê conforto onde ele estava chegou a ser tocado pela estrutura metálica.
Apesar de não ficar ferido, o menino estava engasgando por conta do impacto da batida, segundo Erik. "Eu retirei a criança do carro e vi que as vias aéreas estavam entupidas", disse ele, explicando que fez uma manobra para salvá-la.
Em seguida, o homem levou o garoto para o canteiro da pista, onde continuou a efetuar os primeiros socorros até a chegada da médica Raísa Dourado, que passava no local após o acidente.
Ela também ajudou nos primeiros atendimentos às vítimas. Foi Raísa quem constatou a morte de Ana Carolina, ao confirmar que ela não apresentava batimentos cardíacos.
Além de participar do socorro ao garoto, Raísa também ajudou no atendimento a Leandro Nery de Jesus, pai do bebê e que estava ao lado do filho no banco traseiro do Voyage. Logo depois, ele foi atendido por uma ambulância do Samu. Em seguida, levado para um hospital com uma fratura. De acordo com Raísa, pai e filho estão estáveis.
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