Geral Distrito Federal
Poços permitem manutenção na rede de drenagem do Túnel de Taguatinga
A obra terá 81 câmaras próprias para visitas técnicas; feitos de concreto armado, os compartimentos serão acessados via superfície por abertura
23/10/2022 12h55
Por: Correio Fonte: Agência Brasília
Debora Cronemberger Mendes Pereira

A complexidade do Túnel de Taguatinga ultrapassa o alcance dos olhos. Por baixo de faixas de rolamentos, estruturas de sustentação e materiais de acabamento, um robusto sistema de drenagem vai garantir o escoamento das águas pluviais. A manutenção da rede subterrânea, composta por grandes manilhas de concreto, será feita por meio de poços de visitação.

Câmaras de concreto armado terão a entrada resguardada por uma tampa produzida no próprio canteiro de obras do Túnel de Taguatinga | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Ao longo de toda a extensão do túnel, 81 câmaras de concreto armado permitirão  visitas técnicas de profissionais especializados que precisam cuidar, de forma preventiva ou corretiva, das tubulações. Quase todos os poços estão prontos – o último deles, localizado próximo à Avenida Samdu, encontra-se em processo de construção.

“Cada um desses compartimentos tem 9 m², com altura que varia de 2,5 m a 5 m”, conta Antônio Carlos Ribeiro Silva, engenheiro civil da Secretaria de Obras e Infraestrutura. “O acesso aos poços é feito por uma abertura na superfície com 72 cm de diâmetro, munida de escada”.

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A entrada das câmaras é resguardada por uma tampa de concreto produzida no próprio canteiro de obras do Túnel de Taguatinga. Com uma trena nas mãos, o pedreiro João de Deus mede várias vezes cada uma das formas usadas para confeccionar a proteção. “Se não ficar com a medida certa, a peça não vai encaixar. É trabalho perdido”, explica.

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O molde ganha uma armação feita com vergalhões de aço para aumentar a resistência da tampa. E, antes de receber o concreto, é revestido de lona. “Assim, a massa não gruda na forma”, ensina João. Das 81 tampas que precisam ser feitas, 20 já estão prontas. “É um trabalho que exige cuidado, mas é gostoso de fazer”, garante o pedreiro.