O canteiro de obras do Túnel de Taguatinga passa por um ritual de beleza semanal. O dia não é fixo e costuma ser escolhido de acordo com a quantidade de serviço a ser feito. Tem muito entulho espalhado pelo chão? Os materiais usados estão desorganizados? A poeira está incomodando? Sinal de que a construção precisa de cuidados especiais.
Ao chegar à Unidade de Recebimento de Entulho da Estrutural, concreto que vem da obra é triturado e recebe adição de brita, para ser transformado em resto de composto de construção (RCC)
“Nos dias dedicados ao embelezamento da obra, fazemos a varrição e recolhemos todo resto de concreto e madeira”, relata o engenheiro André Borges, um dos responsáveis pela obra. “Enchemos cerca de 12 caminhões com o entulho, cada um com capacidade para transportar 12 m³ de lixo.”
Os resíduos são levados para a Unidade de Recebimento de Entulho (URE) da Estrutural, ligada ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU). No local, o concreto vindo da obra é triturado e misturado com brita para dar origem ao resto de composto de construção (RCC), produto usado para recuperar vias não pavimentadas do Distrito Federal.
Canteiros
“Na volta, o mesmo caminhão traz parte da terra proveniente da escavação do túnel”, conta André. Foram retirados 155.261 m³ de solo argiloso no processo de abertura da passagem subterrânea. Para que pudesse ser reaproveitado, o material foi levado para um depósito no 3° Distrito do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER). “Usamos essa terra para encher os canteiros do boulevard que futuramente vão passar por projeto paisagístico”, complementa o engenheiro.
O serviço está concentrado em dois dos canteiros que vão embelezar o piso superior do Túnel de Taguatinga – um deles mede 2 mil m² e o outro tem 1 mil m². “Usaremos cerca de 1.500 m³ de terra para aterrar e terraplanar os dois espaços”, calcula André. “Esse trabalho já deixa a obra com outra cara. Fica bonito de se ver”.
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