O líder do MST, João Pedro Stedile, usou o Facebook, no início da noite desta quinta-feira, 5, para pedir que a militância do movimento não desanime diante da prisão do ex-presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, decretada pelo juiz Sérgio Moro.
"Amanhã, vamos sofrer uma dura derrota, com a prisão do Lula", disse Stedile na rede social. "Não desanimem, estamos num processo como se fosse um longo campeonato", disse, comparando a disputa política com um jogo de futebol. "Vamos dar o troco, vamos libertar o Lula", disse o líder sem-terra. "Só não vence, quem não luta", afirmou, depois de dizer que há uma agenda de eventos de mobilização popular de preparação para as eleições de outubro.
"Em todos os períodos da história de crise há um processo de disputa diária entre as classes", afirmou Stedile. Ele disse que a militância deve manter a esperança. "O povo não foi cooptador e está contra os golpistas", declarou, anunciando uma agenda de eventos que terá, no final julho, um Congresso do MST no Maracanã, no Rio.
Stedile convocou a militância para amanhã, às 14h, em São Bernardo do Campo, para uma manifestação em favor da libertação de Lula. Ele convocou ainda atos nas capitais. "Vão para as praças", disse. "Vamos nos insurgir", disse.
Para o líder do MST, "Lula é uma vítima de um processo político. Ele é inocente e o motivo da prisão é evitar que ele seja candidato". Em meia hora na rede social, havia 20 mil visualizações.
Stedile disse ainda que o ministro Edson Fachin e a ministra Rosa Weber, do STF, que votaram pela prisão de Lula, "foram conduzidos aos cargos no Supremo por serem puxa-sacos do governo Dilma". Atacando Fachin, Stedile questionou: "O senhor, senhor Fachin, se esqueceu do que nos ensinou nos acampamentos do MST, nos cursos para nossos advogados, sobre a Constituição?".
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