O sistema de drenagem do Túnel de Taguatinga não se limita ao intrincado labirinto formado por manilhas de concreto instaladas abaixo da superfície. No boulevard da construção, por exemplo, itens que estão ao alcance dos olhos também são responsáveis por escoar as águas pluviais. Bocas de lobo, meios-fios e sarjetas trabalham em conjunto para garantir uma pista do BRT livre de alagamentos.
A saga do escoamento começa assim que a chuva toca na pista. O caimento das faixas de rolamento direciona a água para a sarjeta, uma estreita faixa de concreto localizada entre o pavimento rígido e o meio-fio. “Ela tem uma queda mais acentuada do que a via e mantém o volume pluvial perto das guias”, explica o engenheiro Renes Cândido, um dos profissionais que atuam na construção do Túnel de Taguatinga.
Além de delimitar o espaço por onde os veículos trafegam, o meio-fio tem importante função para a drenagem. É o paralelepípedo feito de concreto que disciplina o fluxo da água em direção às bocas de lobo. Só no trecho que vai da Avenida Comercial até a Estrada Parque Taguatinga, o corredor exclusivo para ônibus terá cerca de 40 delas.
“A ligação de cada uma com a rede principal de drenagem já está feita”, conta Renes. “Agora, estamos construindo essas bocas de lobo”. Mais do que abrir um buraco no meio-fio, fazer um bueiro envolve cavar e cimentar uma espécie de caixa ligada à rede principal de escoamento. A chuva cai nesse compartimento e segue caminho pelas manilhas subterrâneas.
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