O presidente Michel Temer mudou o discurso nos bastidores após a decisão da Justiça desta segunda-feira (9) que transformou em réus seus amigos que foram presos na Operação Skala, da Polícia Federal.
Antes, o discurso do presidente era o de que não havia provas e de que a investigação em curso sobre o decreto dos Portos era para atingi-lo por ele ter admitido publicamente que seria candidato à Presidência da República em outubro.
Agora, com os amigos réus, o presidente já mudou o tom. Nos bastidores, Temer intensificou as articulações com advogados – principalmente Antonio Claudio Mariz – e com aliados para se blindar de uma eventual terceira denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República. Nesta segunda à noite, Temer se reuniu no Planalto com Eliseu Padilha e Moreira Franco – seus principais aliados políticos.
A avaliação no Planalto é a de que Temer é uma espécie de alvo oculto desta decisão que transformou José Yunes e João Batista Lima – seus amigos de longa data e suspeitos de intermediar propina – em réus.
Como o blog mostrou, desde que a Operação Skala foi deflagrada, no fim de março, Temer intensificou as articulações com aliados para reagir às investigações envolvendo o setor de Portos, e vem discutindo assunto com seu chefe de gabinete em São Paulo, Arlon Viana, principal interlocutor de Lima.
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