A obesidade se evidencia clinicamente através da medida do índice de massa corporal superior (IMC) a 30. Este, nada mais é que o peso do paciente dividido pelo dobro da altura.
Já não é segredo que essa doença aumenta o risco do desenvolvimento de patologias cardiovasculares como infarto e AVC, além de predispor também ao câncer. Por outro lado, o paciente obeso devido o aumento do seu status inflamatório e transtornos metabólicos, apresenta sintomas como: fadiga, dores crônicas generalizadas, diminuição da libido, irritabilidade, angustia, insônia dentre outros.
Mas, porque o paciente obeso se inflama?
Quando pensamos em um indivíduo com excesso de gordura de má qualidade, temos que lembrar que esse tecido produz diversas substâncias inflamatórias que ativam o sistema imunológico gerando danos em diversos tecidos, dentre eles, os vasos e os músculos. Este último, por sua vez, produz substâncias anti-inflamatórias que são responsáveis pela proteção metabólica e também de outros tecidos.
O paciente obeso normalmente é sedentário e não pratica exercício físico e, levando em conta o explicado anteriormente, também pode apresentar uma deficiência de massa muscular, dando origem ao pior tipo de obesidade: A sarcopênica. Essa condição se caracteriza pelo excesso de tecido adiposo e déficit muscular, levando a hiperflamação, fenômeno que aumenta bastante os riscos de adquirir outras doenças e também o surgimento de diversos sintomas que diminuem a qualidade de vida do indivíduo.
Logo, a reeducação alimentar não será suficiente para tratar essa doença e por isso, frisamos a importância do acompanhamento médico e multidisciplinar para atuarem tanto na estimulação de massa muscular como também nas condições metabólicas adjacentes.
Dr Pedro Wendel – Clinico Geral e PGD em Endocrinologia
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