O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera corrida à Presidência da República com 31% das intenções de votos no melhor cenário, mas viu a diferença diminuir em relação aos seus principais adversários após ser preso pela Operação Lava Jato, segundo pesquisa divulgada no início da madrugada deste domingo pelo Datafolha. No fim de janeiro, no levamento anterior, o petista tinha até 37%.
No primeiro cenário Lula (PT) tem 31%, seguido de Jair Bolsonaro (PSL) com 15%. Marina Silva (Rede) tem 10%. Já o ex ministro do STF Joaquim Barbosa (PSB) tem 8%, Geraldo Alckmin (PSDB) ficou com 6%, Ciro Gomes (PDT) 5%, Alvaro Dias (Podemos) 3%, Manuela D'Ávila (PC do B) 2%, o ex presidente Fernando Collor de Mello (PTC) 1%, Rodrigo Maia (DEM) 1%, Henrique Meirelles (MDB) e Flávio Rocha (PRB) ficaram empatados com 1%. No mesmo cenário João Amoêdo (Novo), Paulo Rabello de Castro (PSC), Guilherme Boulos (PSOL), Guilherme Afif Domingos (PSD) não ponturaram. Em branco / nulo / nenhum chega a 13% e Não sabe 3%.
O levantamento divulgado neste domingo é o primeiro após Lula ter sido preso. A pesquisa também mostrou que os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) herdam dois de cada três apoiadores do ex-presidente. Nos cenários sem Lula, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 17% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Marina Silva (Rede), entre 15% e 16%.
A pesquisa foi realizada entre quarta-feira (11) e sexta-feira (13) - Lula foi preso no sábado, 7, após se entregar na sede da Polícia Federal, em Curitiba. O PT ainda considera o ex-presidente candidato do partido ao Planalto e diz que irá registrá-lo dia 15 de agosto. A condenação em segunda instância, no entanto, faz com que ex-presidente se enquadre na Lei da Ficha Limpa. O registro depende de aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.
O Datafolha traçou 9 cenários na corrida presidencial. Lula aparece em três deles e oscila entre 30% e 31%, à frente do deputado Jair Bolsonaro (PSL), que varia entre 15% e 16%, e Marina Silva (Rede), com 10%. Nos outros seis cenários, sem a presença do ex-presidente Lula, Bolsonaro e Marina Silva aparecerem tecnicamente empatados. O deputado federal lidera com 17% e a ex-ministra oscila entre 15% e 16%.
Em todos os cenários, o instituto de pesquisa colocou o nome do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, apontado pelo seu partido, o PSB, como pré-candidato ao Planalto. Barbosa, que ainda não admitiu publicamente se será ou não candidato, oscila entre 8% e 10% das intenções de voto. Já o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, aparece com 6% e até 8% no melhor dos cenários.
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