Um policial militar e uma adolescente de 15 anos foram encontrados mortos na madrugada deste sábado (14) em um motel na Zona Leste de São Paulo. Um amigo do PM que estava no mesmo quarto que o casal com outra garota de 15 anos foi preso no local, suspeito de matar a menor com a arma do policial. O suspeito nega ter efetuado disparo.
Segundo o boletim de ocorrência do caso, após ver o tiro disparado contra a adolescente, supostamente de forma acidental, o PM se desesperou, pegou a arma de volta do amigo e se matou. A informação foi dada à polícia pela amiga da garota morta que também participava do encontro.
As informações foram confirmadas neste domingo (15) pela assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
O caso foi registrado no 10º Distrito Policial (DP), Penha, como homicídio e suicídio. Para a Polícia Civil, o caixa Vinicius da Silva Oliveira, de 19 anos, matou a estudante e, em seguida, o policial, de 21 anos, tirou a própria vida.
Segundo policiais, o PM e o caixa haviam conhecido as duas amigas adolescentes numa balada e combinaram com elas de irem ao motel Drive-in Vintage, que fica na Rua Joaquim Marra, na Vila Matilde. Os quatro dividiram o mesmo quarto.
Motel
De acordo com policiais, os dois casais foram ao motel no carro do PM, que estava de folga. Como eles estavam com garotas menores de idade, pediram para as duas se esconderem no banco de trás.
A amiga da garota morta contou à polícia que, dentro do quarto, o caixa manuseava a arma do policial. A pistola, uma .40, teria disparado acidentalmente na cabeça da adolescente. O PM, então, entrou em pânico e se suicidou, conforme contou a garota.
A versão do suspeito é diferente. Ele contou à polícia que o PM brincava com a arma e matou a adolescente acidentalmente. E por isso o policial teria se matado depois.
Funcionários ouviram disparo
De acordo com policiais, foram funcionários do motel que telefonaram para a PM pedindo ajuda após escutarem o disparo dentro do quarto.
A pistola .40 e celulares dos quatro foram apreendidos e serão periciados. A polícia pediu ao motel imagens das câmeras de segurança para ajudar na investigação.
Uma funcionária do motel informou que o estabelecimento colabora com as investigações e não poderia dar mais detalhes por orientação do seu departamento jurídico.
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