A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA) e a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) realizaram entre os dias 24 e 27 de abril, a rodada de encontros dos Diálogos Setoriais das Artes da Bahia 2023. Durante quatro dias, gestores públicos se reuniram com artistas da literatura, música, teatro, dança, artes visuais, circo e audiovisual para discutirem diretrizes para as políticas culturais. Os encontros aconteceram em formato híbrido, virtual e presencial, reunindo mais de 100 pessoas em cada reunião.
“Foi um momento muito rico, de muita escuta, muita troca, e que dá o tom dessa gestão, que se constrói com participação e democracia. Nós ouvimos muitas sugestões, críticas e encaminhamentos, e tudo isso é muito enriquecedor”, avaliou o titular da Cultura, Bruno Monteiro. O secretário enfatizou que a vontade de toda a sua equipe é fazer uma gestão sintonizada com as aspirações da sociedade baiana, mantendo um “diálogo aberto, livre e permanente para a construção da cultura cada vez mais viva em toda a Bahia”.
Entre as questões mais apontadas pelos artistas das diversas linguagens estão a necessidade de atualização dos mecanismos de fomento à cultura; ampliação do orçamento da Secretaria; revisão dos planos setoriais; descentralização dos recursos, distribuindo melhor entre os territórios; simplificação dos editais e consequente ampliação do acesso aos recursos através desses instrumentos; e apoio para criação, circulação e difusão de produtos culturais.
A diretora geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Piti Canella, também avaliou a atividade de forma positiva, destacando os embates propositivos. “Falamos, brigamos, tivemos embates importantes, sugestões importantíssimas e aprendemos muito com esse processo”, disse Piti. Ela destacou também a grande participação e adesão dos artistas aos diálogos, que superou as expectativas com salas virtuais lotadas todos os dias. “É o primeiro diálogo de muitos e vamos ampliar a capacidade da participação”.
Nos sete encontros, participaram artistas, produtores, agentes culturais, técnicos e uma gama de trabalhadores da cultura, além de organizações e empresas do campo das artes que atuam nos 27 territórios de identidade da Bahia. Na Bahia, o número de trabalhadores da cultura está em torno de 280 mil, apresentando uma variação positiva de 41%, com 80.964 novos postos de trabalho entre 2020 e 2022, segundo informações do Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural (2023).
A importância do espaço de conversa foi destacada por grande parte dos participantes. Adriano Pereira, vice presidente do Conselho de Cultura, falou da importância de ouvir os agentes culturais. “Esse momento é fundamental. Nós precisamos ser ouvidos e a política de cultura só se faz com diálogo”, ressaltou Adriano que participou online diretamente da cidade de Cairu.
Do mesmo sentimento compartilhou Lívia Cunha, coordenadora do Festival SSA Mapping. “Foi uma retomada importante de um espaço de diálogo com a sociedade civil. Saio daqui com a expectativa que tenham mais momentos como esses, pois é assim que podemos construir políticas públicas de cultura de forma democrática”, disse.
Fonte: Ascom/Secult-BA
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