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Filhos do artista morto em ação da PM em Candeias se reúnem com comando geral e voltam a contestar a versão dos policiais

O caso é apurado pela corregedoria da corporação e pela Polícia Civil. Manoel Arnaldo morreu no sábado (20) durante operação realizada em Candeias.

30/11/-1 às 00h00 Atualizada em 24/04/2018 às 23h05
Por: Fonte: G1
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Reprodução
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Familiares do artista plástico Manoel Arnaldo dos Santos Filho, morto no sábado (20) em ação da Polícia Militar, se reuniram com o comandante geral da PM na manhã desta terça-feira (24), na sede da instituição, no Largo dos Aflitos, em Salvador. Conhecido como Nadinho, o pintor foi morto dentro da casa que morava, em Candeias, região metropolitana da capital.

Maraísa Marinho, filha do artista, cobra da polícia um posicionamento sobre o caso. Três policiais envolvidos na ação, que terminou com a morte de Nadinho foram afastados das atividades na rua, mas ainda continuam com funções administrativas.

"A gente quer saber do comandante geral da PM qual vai ser a solução que vai ser tomada disso. Porque meu pai não era bandido. Ele era um pai de família que teve a vida tirada dentro de casa", disse Maraísa.

A família contou que um dos policiais envolvidos entrou em contradição, ao dizer que recebeu denúncia do local exato onde os supostos bandidos procurados estavam. Depois, o mesmo policial teria mudado a versão ao dizer que a guarnição teriam errado de endereço.

"Segundo os relatos do policial que estava conosco na hora, ele diz que recebeu uma denúncia, de que naquela casa nº 11 tinham bandidos escondidos. E depois ele mesmo disse que o endereço era errado, que eles erraram o número da casa", disse a outra filha de Nadinho, Márcia Cristina.

Para Márcia, outras pessoas também poderiam ter morrido na ação, caso a vítima estivesse com os alunos, dando aula. "Se eles [policiais] entrassem em uma hora que meu pai estivesse dando aula de pintura, como ele fazia, se tivessem alunos lá dentro, morreriam do mesmo jeito", avalia.

A Polícia Militar alegou que Nadinho estava com um revólver e disparou contra a guarnição, da janela de casa, mas a arma falhou. A Corregedoria da instituição apura o caso. O prazo para a apuração do procedimento é de 40 dias, prorrogáveis por mais 20.

Manoel Neto, que também é filho da vítima, contesta a versão da PM, assim como as irmãs. "Tudo isso que eles [policiais] estão dizendo, que meu pai apontou a arma, que atirou, enfim, todas as possibilidades que eles deram, todo mundo vai dizer que é mentira. Pode perguntar a qualquer pessoa que conhecia ele [vítima] , que vai dizer que a única arma que ele tinha na mão era um pincel", disse Manoel.

Os policiais afirmam ainda que a vítima teria tentado atirar duas vezes, mas a arma teria falhado. Eles passam por acompanhamento no departamento de psicocologia da PM.

"O que a gente tá pedindo é justiça. A gente sabe que o pai da gente não vai voltar com tudo isso que a gente tá fazendo. O que a gente pede é que quem cometeu esse crime seja punido. Não pode sair em vão, porque a gente já não aguenta mais isso", falou Márcia Cristina.

Versão da PM

Segundo a Polícia Militar, agentes que fazem parte da Operação Força Tática receberam um chamado via Centro Integrado de Comunicação (Cicom) informando que um homem havia invadido uma residência no bairro Santo Antônio.

Ao chegarem no local, os policiais teriam batido na porta da casa e o artista plástico apareceu em uma das janelas apontando uma arma de fogo contra eles. Segundo relato dos próprios policiais, ele teria apertado o gatilho da arma duas vezes, mas o revólver falhou. Os policiais atiraram contra ele no braço e no tórax.

Segundo a PM, ele foi imediatamente levado para um posto de saúde, onde foi constatada a morte. A polícia diz que a arma usada pelo homem, que teria sido apreendida após a ocorrência, era um revólver calibre 32 com seis cartuchos.

Relembre o caso

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