Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (2), o senador Carlos Viana (Podemos-MG) fez um balanço de viagens internacionais que realizou como presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT). No North American Broadcasting, em Las Vegas, nos Estados Unidos, foi debatido o rumo da televisão em terceira geração. O senador participou do evento ao lado do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e de vários setores da comunicação, como a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
— Infelizmente, enquanto já se trabalha uma nova tecnologia mais ampla e de maior qualidade para um público carente por informações confiáveis, nós, no Brasil, ainda temos centenas de municípios que vivem a era analógica. Da mesma forma, escolas públicas sem acesso a qualquer tipo de sinal por TV educativa ou mesmo com internet de qualidade para apoio ao ensino. É urgente que desenvolvamos um plano estratégico para garantirmos a igualdade tecnológica no acesso à informação diária dos principais fatos do nosso cotidiano. Cidadãos bem informados fortalecem a democracia.
O parlamentar também destacou ter participado, a convite da Agência Nacional de Mineração (ANM), do maior evento mundial em mineração de pedras para uso na construção civil. O encontro foi realizado em Orlando, nos Estados Unidos. Viana criticou a pequena participação do Brasil no evento e afirmou que faltou apoio e incentivo governamental.
O senador ainda participou de visitas na área de tecnologia e inteligência artificial nas cidades de Xangai e Guangzhou, na China. Viana ressaltou que esteve em centros de pesquisa e produção de alta tecnologia em áreas onde antes funcionavam indústrias de manufaturados. Segundo ele, em apenas três décadas, os setores tecnológicos que foram atraídos para aquelas áreas especiais e receberam apoio governamental mudaram completamente o perfil de qualidade de vida e renda do povo.
— É urgente entender o que está acontecendo fora de nossas fronteiras, de repensarmos as bases da nossa economia, das nossas escolas públicas para garantir um futuro promissor aos nossos estudantes, da nossa legislação ambiental e voltar nossos esforços para o desenvolvimento tecnológico e as experiências que podem nos tornar um país mais avançado, não somente na produção de riquezas, mas na igualdade de oportunidades em um mundo admiravelmente novo a cada dia — enfatizou.
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