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Deputados questionam ministro da Justiça sobre combate à corrupção no governo Lula

Bruno Spada/Câmara dos Deputados Flávio Dino comentou as ações da PF contra o ex-presidente Bolsonaro Questionado pelo deputado Deltan Dallagnol ...

03/05/2023 às 17h05
Por: Correio Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Flávio Dino comentou as ações da PF contra o ex-presidente Bolsonaro - (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Flávio Dino comentou as ações da PF contra o ex-presidente Bolsonaro - (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Questionado pelo deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR) sobre o combate à corrupção no governo Lula, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o combate continua, mas “sem espetáculo”. E citou as operações da Polícia Federal, inclusive a que foi realizada nesta quarta-feira e que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro participou de audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.

Em Brasília, seis pessoas foram presas e os policiais fizeram buscas na casa do ex-presidente e apreenderam seu celular. A suspeita é que o grupo tenha agido para fraudar cartões de vacinação, inclusive de Bolsonaro.

Deltan Dallagnol disse que a escala dos casos investigados antes do atual governo era maior: “Antes, eu via um Estado processando e investigando corrupção de bilhões de reais e hoje eu vejo um Estado processando e investigando uma falsificação de carteira de vacinação. Não que não deva ser investigado. Todos devem ser colocados embaixo da lei. Mas a questão é a proporção e a gravidade dos fatos.”

O deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) rebateu, afirmando que o caso não é menor e pode resultar em mais denúncias: “Vamos nos lembrar que Al Capone, depois de ter assassinado, assaltado, organizado máfia... foi preso por sonegação de imposto. Às vezes um fio solto faz com que tudo venha à tona e apareça e espero que seja assim neste caso.”

Dallagnol: Antes eu via um Estado investigando corrupção de bilhões de reais
Dallagnol: Antes eu via um Estado investigando corrupção de bilhões de reais - (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Favela da Maré e 8 de janeiro
Dallagnol voltou a citar a ida de Dino à favela da Maré no Rio de Janeiro em 13 de março, pedindo que ele respondesse se houve acordo com criminosos para permitir a sua visita. O ministro voltou a dizer que não.

Vários deputados também questionaram o ministro sobre as ações preventivas em relação aos ataques do dia 8 de janeiro, principalmente se ele tinha conhecimento do potencial de periculosidade dos manifestantes. O ministro disse que encaminhou os avisos que recebeu às forças de segurança do Distrito Federal.

O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) quis saber sobre as ações do ministério contra as plataformas digitais que emitiram pareceres contrários ao projeto de regulamentação das redes sociais (PL 2630/20) na Câmara:

“Vários jornais trouxeram no dia de ontem editoriais, que é do próprio jornal, favoráveis ao texto do PL. Eles também foram notificados para publicarem o contraditório? Se foram notificados como o Google para criarem esse espaço para o contraditório”, observou o deputado.

Flávio Dino disse que a ideia é apenas fazer com que as plataformas caracterizem essa atividade como publicidade, já que não são meios de comunicação: “Quem faz editorial é meio de comunicação. Plataforma de tecnologia não faz editorial. É exatamente essa a distinção legal. Porque são leis diferentes. No caso da plataforma, nós temos publicidade cifrada e essa foi a razão da ação do Ministério da Justiça.”

O ministro anunciou ainda que terminou o prazo para recadastramento de armas no país e, segundo ele, 99% dos proprietários compareceram. Ele explicou que cerca de 10 mil armas não recadastradas serão alvo agora de ações policiais. E explicou que uma nova norma sobre o tema deve ser editada ainda este mês.

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