Os dois suspeitos de participarem da morte da garota Bruna Santana Mendes, 16 anos, que foi encontrada morta dentro de um saco em fevereiro deste ano, no bairro Jardim Cruzeiro, em Feira de Santana, saíram do conjunto penal de Feira Santana na tarde desta quarta-feira (25), após o final do prazo das prisões temporárias, que haviam sido prorrogadas por mais 30 dias, totalizando 60 dias. Um terceiro suspeito continua preso, temporariamente.
As mães dos suspeitos Deividson Jorge dos Santos, 18 anos, e Eric Pereira Maciel, 20 anos, estavam na frente da unidade prisional esperando a saída deles. Os advogados deles também estavam aguardando a liberação.
Advogados dos suspeitos (Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade)
Ailma Santana, mãe de Deivison, destacou que não há provas contra o filho e disse que ficou aliviada com a liberação dele. “Era uma acusação tão grave e se tivesse algo contra ele esses 60 dias em que ficou preso seria suficiente para comprometê-los. Ele passou por muito sofrimento por causa dessa acusação e não estou em um momento total de felicidade por causa de tudo que ele passou. Com fé em Deus e no trabalho da polícia, eles vão achar os verdadeiros culpados”, disse.
A mãe de Eric Maciel, Erenildes Nascimento Pereira, afirmou que os 60 dias em que o filho ficou preso, foram de sofrimento para toda a família. “Ele foi acusado injustamente. Sinto pela família da jovem que também está sofrendo e que seja encontrada a pessoa que fez essa maldade. Estava sem vê-lo e sem falar com ele há 60 dias e tudo que eu quero é abraça-lo. Na delegacia eu não podia vê-lo. Uma vez um policial ficou com pena e me deu 15 minutos para eu abraçar meu filho”, lembrou.
De acordo com o delegado Fabrício Linard, a prisão temporária que os suspeitos cumpriram teve natureza processual e o objetivo de facilitar a investigação, disponibilizando os suspeitos durante 24 horas para as autoridades policiais para qualquer questionamento e esclarecimento para a investigação. Além disso, a prisão temporária serve para evitar que os suspeitos atrapalhem as investigações. Linard explicou que vencendo o prazo, os suspeitos são soltos, já que não foram encontrados elementos que mostrem a necessidade da prisão ser convertida em preventiva.
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