“Só quem teve uma bebê prematura como eu sabe a importância das pessoas que doam leite e também de um banco de leite para nos dar todo esse suporte”. O desabafo é de Endiane de Santana Medrado, mãe da pequena Ayanne, que está internada no Hospital Geral Roberto Santos(HGRS) desde que nasceu, há 78 dias.
Durante todo esse período, ela está contando com a solidariedade de outras mães para alimentar sua filha, pois “eu não tive uma gota de leite, mesmo com todo o estímulo feito sob a orientação da equipe do banco de leite”.
E nesta Semana Nacional de doação do leite humano, a coordenadora do Bando de Leite do HGRS, Nilma Dourado, conta a dificuldade para manter um estoque razoável com vistas a não deixar faltar leite a nenhum recém-nascido prematuro, pois o alimento, administrado o quanto antes nos bebês, ajuda a dar mais proteção devido à sua vulnerabilidade e a “prevenir doenças como a enterecolite necrotisante, que é um agravo de adoecimento no prematuro”, pontua a enfermeira Nilma.
Para se ter ideia, o banco de leite do Hospital Roberto Santos atende 55 bebês por mês e, por dia, deveriam ser distribuídos três litros, mas por falta de estoque, é reduzido para 1.800 ml a distribuição diária. Nilma dourado explica que a equipe faz busca ativa dentro da unidade e atualmente tem 27 doadoras externas, “mas mesmo assim não é suficiente para atender a alta demanda do Hospital”.
Wellen de Jesus, que está acompanhando a filhinha internada, é uma dessas mães que começaram a doar depois que a equipe técnica visitou a emergência pediátrica e explicou sobre a importância da doação do leite humano.
Nilma também esclarece que no caso das doadoras externas, equipes do HGRS, além de ir buscar as doações, ainda levam os frascos devidamente esterilizados para que elas possam armazenar o leite, pois a coleta é feita em até 15 dias e, neste período, devem ficar no congelador da geladeira ou no freezer. Os contatos do banco de leite do HGRS são: (71)3177 7532/982259453 (whatsapp).
Fonte: Ascom/HGRS
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