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CCJ aprova estímulo à titulação de terras para mulheres trabalhadoras
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados Eduardo Bismarck recomendou a aprovação da proposta A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câ...
24/05/2023 13h55
Por: Correio Fonte: Agência Câmara de Notícias
Eduardo Bismarck recomendou a aprovação da proposta - (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que obriga o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a adotar medidas para estimular e facilitar a titulação de terras em nome de mulheres trabalhadoras rurais familiares no âmbito da reforma agrária.

Como foi aprovada em caráter conclusivo, a proposta será encaminhada ao Senado, a menos que haja recurso para votação em Plenário.

O Projeto de Lei 810/20, do deputado José Guimarães (PT-CE), foi aprovado por recomendação do relator, deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE). Ele apresentou uma emenda para beneficiar todas as trabalhadoras rurais, independentemente do estado civil.

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Bismarck acolheu ainda modificações feitas na proposta pelas comissões anteriores. Uma delas inclui na Lei da Reforma Agrária novos critérios na seleção de candidatos a beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA).

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Pelo texto, também passarão a ter prioridade a mulher titular da família monoparental (família em que somente uma pessoa arca com todas as responsabilidades da criação dos filhos), a mulher vítima de violência doméstica e a família que tenha entre seus integrantes uma pessoa com deficiência.

Proveito
Para o relator, a titulação em nome das mulheres assegura que a propriedade será utilizada em proveito de toda a família. “É uma priorização muito pertinente”, disse Bismarck. Outros parlamentares concordaram. “Quando o título da terra está na mão da mulher, isso traz segurança para toda a família”, disse o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM).

Atualmente, segundo a Lei da Reforma Agrária, a distribuição de imóveis rurais é feita pelo Incra por meio de títulos de domínio, de concessão de uso ou de concessão de direito real de uso. Esses títulos podem ser conferidos ao homem, à mulher ou ao homem e à mulher em caso de casamento ou união estável.

Apesar de a lei já prever a possibilidade de mulheres serem beneficiadas com títulos da reforma agrária, o autor do projeto afirmou que, na maioria dos casos, os beneficiados são homens.