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Pimenta nega a contratação de influenciadores pelo governo e defende PL das Fake News
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados Paulo Pimenta: governo não trabalha com influenciadores pagos O ministro da Secretaria de Comunicação Social...
24/05/2023 18h20
Por: Correio Fonte: Agência Câmara de Notícias
Paulo Pimenta: governo não trabalha com influenciadores pagos - (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou nesta quarta-feira (24) que o governo não trabalha com influenciadores pagos, mas que ainda paga influenciadores contratados pelo governo Bolsonaro. Ele participou de reunião conjunta das comissões de Comunicação; e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

“Nós não trabalhamos em hipótese alguma com algo semelhante à milícia digital que parece algo mais ligado a ações de natureza criminosa”, disse o titular da pasta.

“O governo não trabalha com influenciadores pagos. É verdade que nós temos que pagar influenciadores, mas que não foram contratados por nós, são contas que ficaram do governo anterior”, continuou.

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As declarações foram feitas em resposta ao deputado Gustavo Gayer (PL-GO), um dos que solicitou a audiência.

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“O governo está organizando pagar e financiar influenciadores digitais para poder defender o governo Lula. Isso não seria exatamente o que o governo Bolsonaro foi acusado nos últimos quatro anos? ”, indagou Gayer. O parlamentar se referiu ao inquérito das "milícias digitais" que tramita no Supremo Tribunal Federal (STP).

Por sua vez, o ministro observou que o presidente Lula promove encontros com setoristas, blogueiros e influenciadores, com o objetivo de promover um "diálogo democrático", no entanto sem compensações financeiras.

Gustavo Gayer questionou se o governo pretende pagar influenciadores digitais - (Foto: Bruno Spada /Câmara dos Deputados)

Fake News
Durante a reunião, deputados oposicionistas voltaram a criticar o PL das Fake News (PL 2630/20), que classificaram de "lei da censura". Para a deputada Bia Kicis (PL-DF), é difícil definir o que são fake news, e essa incerteza em torno do conceito pode prejudicar a liberdade de expressão.

"Quem pode falar sobre notícia são os veículos de imprensa e de comunicação que dão notícias, as pessoas não produzem notícias, as pessoas usuárias das redes expressam suas opiniões", frisou a parlamentar. "As pessoas é quem decidem em que canais elas vão basear suas opiniões", complementou.

Nesse ponto, o ministro defendeu a moderação de determinados conteúdos pelas plataformas e fez a ressalva para a importância da diferenciação entre opinião e publicidade, a qual, conforme ele, foi adotada pela Alemanha.

“Eu defendo que nós temos de ter uma distinção, a opinião deve ser tratada na esfera do Código Penal, mas conteúdo monetizado e impulsionado, na minha opinião, é mídia”. Segundo ele, é necessário unificar as regras sobre o tema, porque a atual assimetria entre meios de comunicação tradicionais e os digitais é "corrosiva para a democracia".

Pimenta reiterou ser urgente debater o tema por uma questão de soberania: "Nós não podemos permitir que essas plataformas (Big Techs) e os interesses econômicos que elas representam subordinem o interesse do País ao seu modelo de negócios".