A TV Câmara reprisa neste final de semana o documentário Zé Celso: tupy or not tupy, para lembrar a trajetória do dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, que morreu nesta quinta-feira (6), aos 86 anos, em São Paulo. Zé Celso foi vítima de um incêndio em sua residência. Ele teve 53% do corpo atingido por queimaduras.
O documentário, que foi lançado em 2015 e teve a direção de André Uesato, será exibido às 22 horas de sábado e às 23 horas de domingo. Ele também pode ser visto no canal da Câmara dos Deputados no Youtube. A duração do filme é de aproximadamente 51 minutos.
Dramaturgo, diretor, ator e músico, Zé Celso iniciou a carreira no teatro amador quando ainda era estudante, no final da década de 50. Encarou a ditadura militar tanto pelo lado político, com textos revolucionários, quanto pelo lado dos costumes, com suas montagens teatrais polêmicas.
Preso, torturado e exilado, produziu documentários sobre as revoluções portuguesa e moçambicana. Trabalhou com grandes nomes das artes, como Augusto Boal, Chico Buarque, Sérgio Britto, Raul Cortez, Pascoal da Conceição, entre outros.
Contra a especulação imobiliária, lutou pela manutenção do Teatro Oficina no bairro do Bixiga, em São Paulo, e levantou o debate sobre a ocupação urbana e a importância da cultura nas cidades. Zé Celso foi o diretor brasileiro mais longevo em atividade e produziu cerca de 40 peças, como O Rei da Vela, Roda Viva, As Bacantes, Os Sertões e a série Cacilda!.
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