Em pronunciamento no Plenário na quarta-feira (12), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) demonstrou indignação com os constantes ataques que vem sofrendo ao longo do ano. A parlamentar disse que foi acusada pela mídia e por alguns políticos de terrorismo, genocídio, corrupção e tráfico de drogas.
— Sei de onde vem muita articulação contra mim, e o recado vai aqui para eles: traficantes e pedófilos, eu fui eleita com 714 mil votos no Distrito Federal e só faço este discurso porque o meu eleitor precisava de que eu desse essa satisfação. Estarei aqui em agosto brigando pelo que acredito e sem medo da imprensa e daqueles que se opõem ao que eu penso, sem desconstruir imagem, sem assassinar reputação — afirmou.
A senadora mencionou ainda uma representação contra ela —ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro — apresentada ao Conselho de Ética do Senado. O colegiado, no entanto, não não viu motivo para iniciar um processo de cassação. Da mesma forma, o relatório da Comissão Externa para Acompanhar a Situação dos Yanomami, em Roraima, não relacionou envolvimento de Damares com a crise humanitária e a morte de crianças indígenas. Tais fatos, de acordo com a parlamentar, não foram noticiados pela imprensa.
— Termino este semestre, em todos os jornais, como corrupta, mas comecei este ano como terrorista, "Damares é terrorista", porque, quando ministra, no comecinho de 2019, três ou quatro pessoas que trabalhavam no ministério, em secretarias — nenhuma pessoa estava no meu gabinete —, pessoas indicadas, se envolveram com os atos de 8 de janeiro. Foi tão grave o que falaram e o que fizeram comigo no começo de janeiro, que não me pouparam, nem minha saúde. Mas nada foi provado — declarou.
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