A Polícia Civil acredita ter elucidado, por completo, o assassinato da estudante Milena Alves, 10 anos, dentro da própria casa, por um adolescente de 17 anos, na última quinta-feira (17), em Camaçari. Segundo a delegada Maria Thereza Santos Silva, titular da 4ª Delegacia de Homicídios da cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS), o jovem, que completa 18 anos no próximo dia 31, matou Milena "porque ela gritava muito" durante o ataque.
"Ele deu dois socos nela e depois a esganou", comentou a delegada durante coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira (20), no Departamento de Homicídios e proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, em Salvador. A apreensão do rapaz foi realizada no final da noite de sábado, em Mata de São João. Ele confessou ter estuprado e matado a vizinha e estava sendo procurado desde o dia do crime.
Milena foi encontrada morta dentro de casa pela mãe no final da tarde de quinta. Ainda conforme a delegada, após praticar o crime (ato infracional), o adolescente arrumou o corpo da menina, vestindo-lhe uma camisola, fazendo parecer que ela estava dormindo.
No dia do crime, ele entrou na casa por volta das 12h40, depois de retirar parte da telha da casa e se esconder no boxe do banheiro, onde a menina foi surpreendida.
Segundo perícia, foram encontradas uma bermuda e uma cueca sujas de sangue num imóvel abandonado nos fundos da casa da vítima, usado pelo adolescente e outros três homens para consumo de drogas.
Ele disse que Milena ainda estava viva quando foi estuprada. "As lesões são compatíveis de quando ainda estava viva, inclusive o rompimento himenal", explicou o perito.
O adolescente era vizinho da vitima há três meses e vivia na casa junto com a companheira, que deixou o imóvel um mês depois da mudança devido às agressões que sofria do jovem.
A casa foi alugada pela mãe do rapaz logo após ele ter fugido de Dias D'Ávila, também na RMS, onde residia anteriormente, após ter efetuado o roubo de um carro.
Nesta segunda (21), o adolescente passará por exames periciais e, em seguida, será encaminhado para a Vara de Infância e Juventude de Camaçari, onde ficará à disposição da Justiça. A delegada Maria Thereza pediu a internação provisória do jovem. Como ele completará 18 anos ainda neste mês, a Justiça poderá decidir pela internação dele por até 3 anos.
Correio 24h
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