“Nós não arredaremos o pé daqui até o governo entender que a luta é pelo Brasil”, disse o caminhoneiro autônomo João Gualberto Sobrinho, que está há 9 dias com a carreta parada no Posto Pau de Vela, em Santo Estevão, onde o cenário continua o mesmo desde que a greve começou: caminhões estacionados no pátio e em todo entorno do posto.
O motorista garante que permanece na paralisação pois o governo negociou os interesses da classe patronal e a resistência é para mostrar que a luta não é apenas pelo diesel. “Ninguém aqui luta só pela redução do preço do diesel. Nossa mobilização é para reduzir os combustíveis e derivados, é por um Brasil que respeite o trabalhador”, disse.
Caminhões com cargas vivas e de medicamentos não são parados no trecho com protesto. Os dois sentidos da pista seguem livres para caminhões com produtos essenciais à população, carros de passeios e ônibus.
“Tenho um filho de 5 anos e morro de saudade dele. Mas o que me fortalece é que um dia ele vai ler nos noticiários a força que a profissão do pai dele tem e saber que entramos para a história como uma classe que se uniu de verdade”, disse o caminhoneiro Romero Leão, de 52 anos.
Pela manhã, a PRF – Polícia Rodoviária Federal esteve no local tentando negociar com os manifestantes, mas sem sucesso. “Aqui ninguém precisa de escolta porque não queremos sair, está tudo pacífico e temos o direito de permanecer parados”, explicou Romero.
Correio da Cidade
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