O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (16), que enfrenta retaliação por suas ações em busca da verdade sobre os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. O parlamentar enfatizou que, apesar de não ter cometido nenhum crime, é tratado como culpado pela imprensa e pela sociedade.
— Imaginem ter sido calado, exposto, ridicularizado, julgado e condenado por emitir opinião, mostrar os fatos, falar as verdades, fazer denúncias, tudo com um único objetivo: encontrar os verdadeiros culpados pelos atos antidemocráticos que aconteceram no dia 8 de janeiro. Lutei muito para que a CPMI [do 8 de Janeiro] fosse instalada, mesmo à revelia do governo e daqueles que não queriam que nada fosse apurado — lamentou.
O senador ressaltou que, mesmo diante da forte pressão sofrida, não deixará de usar a tribuna do Senado, segundo ele, o único meio de comunicação de que dispõe para se dirigir aos seus eleitores e aos brasileiros, já que suas redes sociais, com cerca de 5 milhões de seguidores, foram retiradas do ar. Ele enfatizou que continuará lutando, apesar das adversidades, e agradeceu o apoio dos capixabas e de todos os brasileiros que o apoiam.
Marcos do Val enfatizou também que evidências importantes para as investigações da CPMI têm sido ocultadas, como imagens das câmeras de segurança, que mostrariam a Força Nacional inativa durante os ataques de vandalismo ao patrimônio público. Ele questionou os motivos que estariam por trás da não divulgação do material.
— Qual o temor de se enviar o conteúdo das câmeras requerido pela CPMI e mostrar essas e outras verdades? Por que esconder? Porque tem algo a esconder, não quer mostrar a verdade. Muito do que eu falei ainda em janeiro está sendo mostrado aos poucos. Os fatos são revelados através do duro trabalho daqueles que querem a verdade, assim como eu — concluiu.