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Câmara analisa MP que reajusta salário de servidores federais; acompanhe

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Deputados em sessão do Plenário A Câmara dos Deputados analisa agora a Medida Provisória 1170/23, que concede u...

22/08/2023 às 21h25
Por: Correio Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Deputados em sessão do Plenário - (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Deputados em sessão do Plenário - (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados analisa agora a Medida Provisória 1170/23, que concede um reajuste linear de 9% para todos os servidores federais civis, incluindo aposentados e pensionistas, a partir de 1º de maio de 2023.

A MP conta com um projeto de lei de conversão da relatora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), após tramitação na comissão mista que analisou o tema.

Uma das mudanças na MP cria mais uma diretoria na Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), enquanto outra amplia a margem consignável de servidores federais, que passam a ter disponíveis 45% do salário para contratar empréstimos.

Hoje, essa margem é de 35% do salário, já que 10% estão obrigatoriamente destinados à utilização de cartão de crédito consignado e cartão de benefícios consignado.

Entretanto, a relatora adiantou que o tema deve ser retirado do texto para tramitar na forma de um projeto de lei a ser votado em breve.

Servidor público
Alice Portugal destacou que a MP garante reajuste salarial de 9% para uma categoria que acumula perdas de 34% nos últimos quatro anos. "Essa proposta reinaugura o tempo do diálogo com o servidor público do nosso País. Desde 2017, não havia mesas de negociação ou debates sobre as condições de trabalho e muito menos sobre reajustes salariais", disse.

Ela lembrou que a proposta precisa ser votada pela Câmara e pelo Senado até a quinta-feira (24) ou poderá perder a validade. "Se não votarmos, o reajuste será suspenso", alertou.

A deputada afirmou que as alterações que não foram acolhidas serão rediscutidas pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. "As emendas não acolhidas viraram pautas de negociação com sindicatos das categorias", disse.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) destacou que o reajuste consagra a política de valorização do serviço público. "Nos quatro anos de governo Bolsonaro houve redução de salário pela falta de recomposição inflacionária. Agora fizemos um pacto e uma negociação para reajustes", explicou.

Já o deputado Kim Kataguiri (União-SP) afirmou que vai votar contra a MP porque, na sua avaliação, deveria haver igualdade entre as remunerações no serviço público. "O servidor público federal ganha em média o dobro do que ganha um servidor municipal para exercer as mesmas funções", criticou.

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