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Patrick Abrahão nega à CPI das Pirâmides Financeiras ser sócio da Trust Investimentos
Investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras como sócio da Trust Investing, empresa de criptomoedas que ofert...
24/08/2023 18h20
Por: Correio Fonte: Agência Câmara de Notícias
Patrick Abrahão afirmou ser investidor da Trust e disse ter sido lesado pela empresa - (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras como sócio da Trust Investing, empresa de criptomoedas que ofertava lucros acima da média do mercado, Patrick Abrahão admitiu ao colegiado, nesta quinta-feira (24), ser apenas um dos investidores e entusiasta da empresa.

Declarando-se atualmente um dos mais de 1 milhão de investidores lesados pela Trust, Abrahão, que esteve preso de 19 outubro de 2022 até o último dia 7 agosto, afirmou que aguarda a sentença da Justiça para decidir se processa ou não a Trust pelo prejuízo causado a ele.

“Eu estou aguardando a sentença, porque a minha resposta vai sair quando, de repente, for para eles pagarem todo mundo. Se eles estavam mentindo que retornariam o site, se eles estavam mentindo que pagariam as pessoas. Esse é o próximo capítulo que eu estou aguardando”, declarou.

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A Trust Investing, com sede na Estônia, foi fundada por brasileiros e acabou alvo de investigação da Polícia Federal, a qual culminou com a prisão dos seus principais representantes em outubro de 2022, o pastor Ivonélio Abrahão – pai de Patrick –, Diego Chaves (CEO), Fabiano Lorite (diretor de marketing) e Diorge Ribeiro Chaves.

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Abrahão relatou à CPI que, no final de 2021, o site de operações da empresa, que negociava apenas criptoativos, chegou a ficar fora do ar, retomando as atividades em abril. Segundo ele, os donos argumentavam que se tratava de manutenção para instalar a tecnologia blockchain e proteger os sistemas contra ataques hackers. Em junho, no entanto, o site parou de operar definitivamente, deixando milhares de investidores sem acesso aos ativos.

Os deputados Caio Vianna (PSD-RJ) e Alfredo Gaspar (União-AL) questionaram a relação do depoente com a Trust, estranhando o entusiasmo dele em postagens na internet.

“É porque fica difícil para a gente pegar a denúncia robusta e todo o conteúdo probatório, a fala de tanta gente, as palestras que o senhor deu o Brasil afora tratando de ‘nossa empresa’, o senhor, influenciador importante, falando sobre essa empresa de forma repetitiva, fica difícil a gente achar que o senhor está fora do negócio”, questionou Gaspar.

Em resposta, Abrahão admitiu usar suas redes sociais para mencionar ganhos obtidos com investimentos, mas acrescentou que nunca convidou pessoas a investirem na Trust ou em qualquer outra criptomoeda. “Em todas as palestras pelo Brasil, eu demonstrava meus investimentos em cripto, e a Trust era um deles”, disse.

Vianna questionou Abrahão se ele hoje considera a Trust uma pirâmide financeira. “Eu não posso te responder, porque eles tinham as operações, pelo que mostravam, e até o momento em que a empresa continuou funcionando o Bitcoin teve uma alta de 600%”, disse Abrahão. “Então foi um estelionato?”, insistiu Vianna. “Eu estou aguardando a sentença”, concluiu o depoente.