A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) protestou, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (29), contra a proposta de emenda à Constituição ( PEC 10/2022 ) que permite a venda de plasma humano para o desenvolvimento de novas tecnologias e produção de medicamentos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
— O que é que vai acontecer com a comercialização só do plasma? As pessoas vão vender seu plasma e ele vai ser transformado em substâncias que são caríssimas, que são a albumina humana e a imunoglobulina. Nada contra ser neoliberal, mas parte do sangue de brasileiros e brasileiras não é para ser comercializada — disse.
A senadora ressaltou que a doação de sangue no país funciona com um "espírito solidário", e que a grande maioria dos doadores nem sabem para quê o sangue será destinado. Para ela, a comercialização do plasma irá afetar diretamente a disponibilidade de plaquetas e hemácia, que são as partes mais utilizadas do sangue dos brasileiros.
— Aquele brasileiro que vai doar seu plasma, que é aquela parte mais clara, não vai doar o seu sangue. Vai haver muitas mortes. Queria lembrar a quantidade de crianças, homens e mulheres adultos com neoplasias ou leucemias que precisam de plaquetas e de concentrado de hemácia. E não vão ter. A realidade é essa. Vão comercializar sem ter nenhuma garantia de que esses produtos, como a albumina e a imunoglobulina, serão vendidos no Brasil, nem que seja para a gente comprar — lamentou.
Além disso, Zenaide defendeu a importância de investir em equipamentos para a melhoria dasHemorredes, Hemobrás e dos Hemocentros.