Um jovem de 20 anos prestou queixa na 2ª Delegacia na tarde da última terça-feira (26) contra a namorada. Eduardo Marques Quirino da Silva é morador na Rua Bartolomeu de Gusmão, Conjunto Morada das Árvores, bairro Campo limpo, em Feira de Santana, contou que Daiane dos Santos Lima, jogou álcool no colchão onde ele estava deitado e ateou fogo.
O crime ocorreu no dia 12 de junho, dia dos namorados. Eduardo Marques teve 75% do corpo queimado e foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), sendo transferido posteriormente para o Hospital Geral do Estado, em Salvador, onde ficou internado durante 13 dias. O jovem recebeu alta ontem (25).
A vítima contou que até hoje se pergunta por que a namorada fez isso. Segundo ele, não houve briga e nem discussão. No dia do crime eles estavam completando 1 ano e dois meses de relacionamento.
“Não esperava acontecer isso. A gente dormiu e no dia 12 a gente acordou com a ‘cara fechada’. Eu estava com meus problemas financeiros. Estava deitado no colchão de solteiro e ela jogou o álcool. Perguntei que brincadeira era essa e dei o meu isqueiro pra ela, que colocou fogo”, relatou, pedindo justiça.
A mãe da vítima, Ana Hilda Santos Marques, disse que ficou sabendo que o filho estava no hospital pela própria Daiane dos Santos Lima. Ela contou que nesse dia ouviu um grito e chegou a chamar a polícia.
“Ela era uma boa pessoa e eu não esperava que fizesse isso com meu filho. Por pouco não matou meu filho. Acredito que ela vai ser presa e vai pagar por isso, nada justifica uma pessoa atear fogo em outra. Ele já passou por várias cirurgias e está tomando diversos medicamentos para dor. Ele teve 75% do corpo queimado, inclusive o pênis, e o médico disse que ainda está em perigo”, disse.
A delegada Bianca Torres Andrade, titular da 2ª Delegacia, afirmou que o crime trata-se de uma tentativa de homicídio. Segundo ela, a polícia tomou conhecimento do crime uma semana após ter acontecido, quando a queixa foi registrada, inicialmente, por familiares.
“A vítima hoje se fez presente onde vamos ouvi-la e depois vou interrogar a suposta autora. No final da interrogação, se realmente entender, vou indiciá-la por tentativa de homicídio. Não tem justificava para um ato tão cruel como esse. Tudo leva a crê que foi um crime premeditado, pois já havia álcool na casa, que a suposta autora comprou, segundo relatou familiares. Estamos investigando para chegar até ela”, afirmou.
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