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Debatedores avaliam que há espaço para crescimento de clubes formadores de atletas para futebol
Há apenas 56 formadores certificados pela Confederação Brasileira de Futebol
14/05/2024 14h23
Por: Correio Fonte: Agência Câmara

Executivos do futebol brasileiro avaliaram que ainda há grande espaço no País para o crescimento de clubes formadores de atletas. Atualmente existem 778 clubes profissionais em atividade, mas apenas 56 são formadores certificados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A situação desses clubes foi debatida nesta terça-feira (14) na Subcomissão Especial de Modernização do Futebol, a pedido do deputado Bandeira de Mello (PSB-RJ). Ele é o coordenador do colegiado, que funciona no âmbito da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados.

Os clubes formadores atuam na identificação e preparação de jovens talentos no futebol. Para isso, têm que cumprir uma série de regras impostas pela CBF, como apresentar programa de treinamento, proporcionar assistência educacional e médica aos atletas e possuir instalações condizentes. Em troca, recebem uma participação nos futuros contratos dos atletas.

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O vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Mauro Silva, destacou a importância dos clubes formadores. “Tudo que eu sou, que eu consegui foi graças a um clube organizado, estruturado, com processo de formação integral focado no desenvolvimento humano”, disse Silva, campeão mundial com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994.

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Mauro Silva e outros debatedores defenderam uma lei específica para o futebol, que trate da formação. Heloisa Rios, da Universidade do Futebol, entidade privada que estuda assuntos relacionados ao universo do futebol, propôs a criação de um grupo de especialistas para rever a legislação.

“O produto final seriam leis específicas para o futebol, ou nosso sonhado Plano Nacional de Desenvolvimento do futebol brasileiro”, disse Rios.

Integração
Durante a audiência pública, os debatedores também afirmaram a necessidade de integrar a formação de atletas a políticas sociais. Esse ponto foi destacado pelo secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, Athirson Mazolli, ex-jogador do Flamengo (RJ).

Segundo Athirson, o trabalho social em comunidades pode ajudar a identificar novos talentos para o futebol. “Se a gente está pensando no esporte, em evoluir a base, temos que pegar na comunidade”, disse.

Os deputados presentes ao debate também reforçaram essa necessidade. O deputado Bandeira de Mello afirmou que é preciso aliar o trabalho dos clubes formadores com a área da educação.

“Talvez seja a questão mais importante que envolve o futebol brasileiro”, disse o deputado, que também coordena a Frente Parlamentar para a Modernização do Futebol Brasileiro. A frente é composta por 178 deputados e 21 senadores.