Suspeito de sequestrar e estuprar mulheres na Ufba é preso

Um auxiliar de cozinha acusado de sequestrar e estuprar três mulheres em diferentes campi da Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi preso pela Polícia Civil. Ele será apresentado à imprensa nesta sexta-feira (27), às 10h, na sede da instituição, na Piedade. A prisão foi feita pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP). O suspeito, que não teve nome divulgado, agiu entre 17 de maio e 20 de julho.

O último caso foi na sexta-feira da semana passada. A estudante estava saindo do estacionamento do PAF V, no campus de Ondina, quando foi abordada pelo auxiliar de cozinha. A vítima estava indo para o carro e falando no celular no momento que o suspeito chegou. Outro estupro, em 17 de maio, também foi no campus de Ondina.

No ultimo dia 9, uma enfermeira foi vítima de um sequestro relâmpago e depois estuprada.  Ela tinha acabado de deixar o plantão quando foi abordada por outro criminoso no estacionamento do Hospital das Clínicas, onde trabalha, no bairro do Canela. Ela foi levada para um local fora da unidade médica, mantida pela Ufba, e violentada dentro do próprio carro.  Todos os casos foram registradas em delegacias da Polícia Civil.

Na tarde de hoje, estudantes da Universidade se reuniram com  ouvidoria da Ufba e com o vice-reitor, Paulo César Miguez, justamente para falar sobre os casos de violência. O vice-reitor relatou que na quarta (24) houve uma reunião entre Ufba e a Polícia Militar. "Da conversa, ficou acertado o imediato reforço do policiamento das vias urbanas do entorno dos campi, realizado pela ronda universitária da PM", disse. 

A Ufba informou em comunicado entregue aos estudantes algumas medidas que tem tomado para dar mais segurança aos seus campi. "Já se encontra implantada a primeira etapa do projeto de monitoramento dos veículos mediante prévia identificação por meio de adesivo. A segunda etapa do monitoramento será iniciada e aperfeiçoada logo que a licitação para aquisição de guaritas eas reformas e adequações das atualemnte existentes estejam concluídas", diz o texto.

Na reunião, o vice-reitor lamentou os casos. "Eu não dou mais aula e essa menina não é minha aluna, mas eventos dessa natureza nos afetam diretamente. Não é um crime qualquer, é um crime contra as mulheres. Entrei em contato com o major (Marcos Vinicius Vergne de Carvalho, coordenador de operações especiais) para aprofundar a questão da segurança na universidade", afirmou.

Ele disse ainda que a Ufba está colaborando com a investigação dos crimes e cedeu imagens de seguranças do ataque da sexta-feira para ajudar na identificação do suspeito.

O sistema de segurança da Ufba é comandado pela Coordenação de Segurança (Coseg). Na nota entregue aos estudantes, a reitoria informa que hoje o sistema tem 946 colaboradores, entre vigilantes, porteiros e recepcionistas. Eles são equipados com rádios de comunicação, veículos e motos. Além disso, 596 câmeras de alta resolução de imagem e com infravermelho foram licitadas recentemente e estão sendo distribuídas nas recepções, portarias, estacionamentos e demais áreas da Ufba para melhorar o monitoramento. "A manutenção e melhoramento contínuo da iluminação e os cuidados com a poda regular de árvores também são componentes do sistema de segurança", diz o texto.