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Izalci critica declarações de Haddad sobre política econômica

O senador Izalci Lucas (PL-DF) criticou em pronunciamento nesta segunda-feira (3) a recente declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de ...

03/06/2024 às 17h27
Por: Correio Fonte: Agência Senado
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 - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
- Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Izalci Lucas (PL-DF) criticou em pronunciamento nesta segunda-feira (3) a recente declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que “fantasminhas” estão fazendo a cabeça das pessoas e prejudicando o plano de desenvolvimento do país. Para o senador, essa frase, dita perante a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, é uma tentativa de justificar o que o parlamentar considera a desordem econômica atual:

— A queixa do ministro [Fernando Haddad] de que o mercado é influenciado por forças invisíveis, sugerindo a presença de espíritos que perturbam o progresso econômico, é no mínimo uma viagem ou ilusão de quem faz algumas viagens mentais esquisitas. O ministro sabe que a realidade é que o mercado financeiro não é movido por fantasmas, e, sim, por decisões e políticas concretas, que, quando mal geridas, resultam desastres previsíveis. As palavras de Haddad, longe de acalmar os ânimos, lançaram mais lenha na fogueira da desconfiança do mercado.

Izalci apontou como problemas graves o déficit nas contas públicas e o aumento da dívida do país. E ressaltou que as medidas adotadas pelo governo são apenas "ilusões temporárias", por não abordarem os problemas estruturais do país. O senador também condenou a revisão da política fiscal, que está sendo alterada para afrouxar as metas de controle inicialmente estabelecidas, e manifestou dúvidas sobre a capacidade do governo de manter as contas dentro dos limites fixados.

— O discurso do presidente [Lula] é mentiroso. Tenta minimizar o problema apontado para a folga permitida pelo arcabouço fiscal. Isso é, acima de tudo, crime. É mentira e engano. É um tapa na cara da realidade econômica do país. A dívida bruta, que, há uma década, era menor do que 60% do PIB [Produto Interno Bruto], agora já atinge alarmantes 74,4%. Se continuar nesse ritmo, o Brasil enfrentará sérias consequências nas taxas de juros, câmbio e crescimento econômico. A credibilidade da política fiscal, outrora mais robusta, está em declínio — alertou.

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