O motorista de caminhão José Guilherme, 21 anos, acusado de provocar o acidente que matou seis pessoas, entre elas uma criança de 6 anos, na BR-116 Sul, na localidade Quarana, em Antônio Cardoso, será liberado da cadeia nesta quarta-feira (8), após decisão judicial da comarca de Santo Estevão.
O grave acidente ocorreu na última quinta-feira (2). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caminhão conduzido por José Guilherme tentou realizar uma ultrapassagem, como não conseguiu, retornou para a pista e bateu no veículo Parati onde estavam as vítimas. No momento da colisão, o carro de passeio foi lançado em direção a uma carreta bitrem, com licença de Fortaleza (CE), que vinha no sentido contrário.
José Guilherme foi preso pela PRF e prestou depoimento na delegacia de Antônio Cardoso, e o caminhão foi apreendido.
De acordo com o advogado Guga Leal, o cliente realizou o teste do bafômetro, que deu negativo, e também não foi identificada a presença de energéticos no organismo dele. No depoimento, ele alegou que ao tentar retornar para a pista após a tentativa de ultrapassagem tocou o fundo do caminhão no veículo Parati, que estava em um ponto cego.
“Ele informou que vinha de uma ultrapassagem e num ponto cego da carreta, que é muito grande, e quando retornou para a pista tocou no veículo que vinha atrás. Ele tentou parar, mas infelizmente não havia mais o que fazer, continuou a viagem, ligou para a PRF. E ao se aproximar do posto da PRF próximo ao Rio Jacuípe a polícia o parou e conduziu ao posto, mas ele chegou a avisar do acidente e não ficou no local temendo agressões”, afirmou Guga Leal.
O advogado disse ainda que diante dos fatos apresentados à juíza Sebastiana, da comarca de Santo Estevão, ela arbitrou a fiança do acusado, que responderá ao processo em liberdade.
“Trata-se de um cidadão idôneo, fez os testes do bafômetro, não foi encontrado arrebite com eles, estava consciente, tem duas filhas autistas, e após tudo isso mostrado a juíza, ela concedeu liberdade a ele. O processo está em fase de inquérito e não foi remetido à promotoria para saber se vai ser denunciado ou não. Mas ele vai responder em liberdade. Vai voltar para a sua cidade, Tanque Novo, e como a sua carteira está cassada, ele vai procurar outro meio de viver. Ele está muito abalado pelas mortes das pessoas”, concluiu o advogado Guga Leal.
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