O soldado Marcus Vinícius Viana Ribeiro morreu, na manhã desta quarta-feira (22), no Hospital Salgado Filho, no Méier. Ele é o terceiro militar morto desde o início da intervenção federal na segurança pública do Rio. Em nota, o Comando Militar do Leste lamentou a morte do soldado e disse que todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis estão sendo tomadas.
Marcus foi ferido na perna, na segunda-feira (20), durante a operação das tropas federais no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta manhã.
O presidente Michel Temer foi ao Twitter expressar condolências. "Com pesar recebi a notícia da morte do soldado Marcus Vinícius Viana Ribeiro, ferido na segunda-feira durante Operação da Intervenção Federal no RJ. Minha solidariedade à família e amigos do militar."
Temer já tinha se manifestado na morte dos outros militares.
Na segunda, o cabo Fabiano de Oliveira Santos, de 36 anos, e o soldado João Viktor da Silva, de 21, morreram durante a operação. Eles foram enterrados em Japeri, na Baixada Fluminense, na tarde de terça-feira (21).
Segundo os familiares dos dois militares, eles lutaram muito para entrar para o Exército. Fabiano era motorista de ônibus e estudou muito para passar na prova. Já alistado, foi convocado para operação no dia do 36º aniversário. João Viktor sonhava ser paraquedista.
“Era a vida dele ser paraquedista. Um sonho realizado. Mas a gente não sabia que ia ser interrompido”, lamentou a ex-cunhada do soldado, Mara Bastos.
Ocupação por tempo indeterminado
O Gabinete de Intervenção Federal informou, na manhã desta quarta, que a ocupação nos complexos do Alemão, Penha e Maré, na Zona Norte do Rio, continua por tempo indeterminado.
Desde segunda-feira (20), quando as operações começaram, 70 pessoas foram presas e oito foram mortas. Ainda de acordo com o CML, 14 armas foram apreendidas, entre elas 5 fuzis, 1.045 munições, sete carregadores, 554 quilos de maconha e uma moto.
A ação do Comando Conjunto da Intervenção Federal acontece simultaneamente nos três complexos, com participação de 4,2 mil militares das Forças Armadas e auxílio de policiais civis e militares. Blindados e aeronaves participam da operação.
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