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Suposta mãe de bebê abandonado com cordão umbilical na BA se apresenta à polícia e alega ter transtornos mentais

Segundo a delegada, suposta avó da menina também foi ouvida pela polícia. Mulheres fizeram exame de DNA para confirmação do parentesco com a criança.

11/09/2018 às 20h22 Atualizada em 11/09/2018 às 20h23
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Hospital em Conceição de Feira
Hospital em Conceição de Feira

As suspostas mãe e avó da bebê que foi abandonada, recém-nascida, em um matagal na cidade de Conceição da Feira, a cerca de 120 km de Salvador, foram localizadas pela polícia, prestaram depoimento e realizaram exames de DNA para a confirmação do parentesco com a criança.

Segundo a polícia, as mulheres, que moram em Vitória (ES), foram ouvidas na delegacia da cidade na segunda-feira (10). De acordo com a delegada, Karina Alves, que investiga o caso, a suposta mãe da pequena Alice, como passou a ser chamada a bebê, foi identificada como Nilda Vieira Dias dos Santos, tem 39 anos, e alegou que sofre de transtornos mentais.

O bebê qe foi achada ainda com o cordão umbilical, está com uma família provisória na cidade de São Gonçalo.

Conforme a delegada, a suposta mãe da criança afirmou que quer a filha de volta e explicou o motivo de ter deixado a criança no matagal. Conforme a delegada, o depoimento apresentou imprecisões, mas a mulher indicou o local exato em que o bebê foi encontrado. Ela também mostrou uma foto do quarto preparado para a criança.

Segundo Karina Alves, a susposta mãe da criança disse que pegou uma carona de caminhoneiros e foi até Conceição da Feira em busca de uma cura espiritual para o problema de saúde que ela tem. Ao chegar na cidade, Nilda Santos sentiu as dores do parto e deu à luz o bebê, no fundo de um galpão de uma empresa desativada, segundo relato dela à polícia.

Conforme a delegada, a suposta mãe disse que fugiu do local após um homem se aproximar do matagal. Nilda Santos afirmou, em depoimento, que ficou com medo de ser agredida, deixou a criança e fugiu.

De acordo com a delegada, Nilda Santos contou, ainda, que após deixar a criança, pegou carona com três caminhoneiros diferentes para voltar para casa. Ao chegar no Espírito Santo, a suposta mãe contou o fato para a companheira e a avó materna da criança que a levaram para uma policlínica. Ela disse que foi diagnosticada com uma infecção e ficou internada por dois dias.

A avó da criança afirmou para a polícia que Nilda Santos teve um filho há 17 anos, quando curtia o carnaval na rua. Os populares socorreram a criança e chamaram o Corpo de Bombeiros que levaram ao hospital. Agora adolescente, o rapaz é criado pela avó.

O juíz João Batista Bonfim Dantas, do fórum da cidade de São Gonçalo, a cerca de 108 km de Salvador, também ouviu Nilda Santos e a avó da criança. O magistrado acompanha o caso, que é investigado pela Polícia Civil em Conceição da Feira e o Ministério Público (MP) de São Gonçalo.

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