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Salvador: Cozinheira é morta pelo ex-companheiro com espeto de churrasco

Feminicídio aconteceu na casa da mãe da vítima, na presença de dois dos três filhos do ex-casal.

17/09/2018 às 21h10 Atualizada em 17/09/2018 às 21h12
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Uma cozinheira de 38 anos foi morta, na noite de domingo (16), pelo ex-companheiro após uma uma discussão. Segundo familiares, Jaqueline Conceição da Anunciação foi ferida pelo pescador Nivaldo do Espírito Santo dos Santos, conhecido como "Geleia", com um espeto de churrasco.

O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Homicídios - Atlântico, na Pituba. De acordo com informações da Polícia Civil, Nivaldo é procurado.

Conforme familiares da vítima, o crime aconteceu na casa da mãe da vítima, localizada na Rua Nova Esperança, no bairro de Itapuã, em Salvador, na presença de dois dos três filhos do ex-casal. Ainda de acordo com familiares da cozinheira, Jaqueline e Nivaldo, que estavam separados há quatro meses, discutiram porque ele insistia em reatar o casamento, que durou cerca de 16 anos.

O parentes de Jamile contaram que, no dia do crime, a cozinheira havia passado o dia na praia e, quando retornou, à noite, foi surpreendida pelo ex-companheiro na casa da mãe dela, onde morava junto com os filhos desde a separação. Segundo a irmã da cozinheira, Josemara Conceição, de 35 anos, ele entrou no quarto onde ela estava e a atacou com quatro golpes com um espeto de churrasco.

Os dois filhos caçulas do casal, uma menina de 14 anos e um menino de 10, assistiram à morte da mãe, segundo os familiares. A outra filha, de 15 anos, não estava em casa no momento do crime. "Minha sobrinha mais nova gritou tanto, para avisar do que estava acontecendo, que chegou a desmaiar. O menor ainda tentou acertar o pai com uma faca, mas não conseguiu porque ele fugiu, correndo", contou Josemara.

Jaqueline chegou a ser socorrida pelos familiares e levada para a Unidade de Pronto Atendimento de Itinga, em Lauro de Freitas, mas chegou à unidade de saúde sem vida. A cozinheira vai ser sepultada na manhã de terça-feira (18), no cemitério de Portão, em Lauro de Freitas.

Violência doméstica

Segundo familiares, Jaqueline sofria violência doméstica desde o início do casamento. Além de agredir a ex-companheira, Nivaldo também batia nos três filhos do casal. "Ela pediu a separação justamente porque não aguentava mais apanhar nem ver os filhos apanhando. Quase todos os dias ele batia neles", relatou a irmã da vítima.

Ainda conforme os familiares, a cozinheira nunca registrou as agressões na polícia, com medo que o ex-companheiro a agredisse ainda mais. "A gente falava com ela, conversava com ele, mas nunca imaginou que ele seria capaz de fazer uma coisa dessas", lamentou Josemara.

Os familiares de Jamile contaram ainda, que mesmo após a separação, Nivaldo constantemente ia até a casa da mãe de Jaqueline, onde ela morava há quatro meses, pedir para que ela voltasse para a antiga residência. Um dia antes do crime, ele havia ido à casa da ex-sogra duas vezes em busca da cozinheira.

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