O general da reserva do Exército, Augusto Heleno, disse que o candidato à presidência Jair Bolsonaro precisaria tomar algumas “medidas impopulares” e que determinadas reformas já pensadas durante a campanha são inevitáveis para comandar o país.
Na manhã da última segunda-feira (17), o general participou de uma reunião com o economista Paulo Guedes, cotado inclusive para ser Ministro da Fazenda, caso Bolsonaro assuma a presidência. O conteúdo da conversa não foi revelado, mas o general esclareceu que estão fazendo uma análise da situação econômica do país, que impacta também em outras áreas de gestão, como educação e infraestrutura.
“O governo todo está aparelhado. Os números que saem do governo não são confiáveis. O PT aparelhou desde o faxineiro até o presidente da República”, afirmou.
Sobre a possibilidade de um segundo turno, Heleno considera natural uma aliança com partidos que atualmente são coligados ao PSDB. “Isso é natural, é histórico, na hora que se está no segundo turno, cada um cuida para ficar debaixo da árvore”, disse ele, numa referência a um eventual apoio de outros partidos à chapa de Bolsonaro, atualmente composta apenas por dois partidos pequenos, o PSL, de Bolsonaro, e o PRTB, do candidato a vice e também general da reserva do Exército, Hamilton Mourão.
Devido ao estado de saúde do presidenciável, internado por causa de um golpe de faca durante campanha, o partido avalia se o candidato à vice, Hamilton Mourão, deve participar dos debates televisivos.
Heleno foi questionado sobre os resultados das últimas pesquisas, mas preferiu não se pronunciar e brincou. “Difícil prever, se você prevê e erra, vão te sacanear para o resto da vida”, disse.
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