Imagens mostram o resgate feito pelo Corpo de Bombeiros de um notebook que tinha registros de propina e que foi jogado em um lago em Paraíba do Sul, no interior do Estado do Rio de Janeiro, na fazenda de Carlos Miranda, apontado como o operador financeiro de um esquema de corrupção que seria liderado por Sérgio Cabral.
Miranda contou em depoimento que tinha jogado o computador no local quando a Lava Jato começou. Segundo ele, era ali que guardava as planilhas com as transações do grupo do ex-governador. Entre elas, estariam os pagamentos feitos ao então procurador-geral de Justiça do RJ, Cláudio Lopes, denunciado na última terça (9) por formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa, além de e quebra de sigilo funcional, crimes cometidos entre o final de 2008 e dezembro de 2012.
“Eu joguei no lago da minha fazenda, em Paraíba do Sul, no intuito de destruir a prova”, destacou Carlos Miranda em depoimento.
O depoimento de Carlos Miranda e de outros delatores foi o que levou os investigadores ao ex-procurador-geral de Justiça. De acordo com a denúncia, ele teria recebido R$ 7 milhões em propina, em pagamentos mensais.
“Eu colocava em um envelope R$ 50 mil e entregava” afirmou Sérgio de Castro, destacando que a negociação acontecia nos palácios Laranjeiras ou Guanabara, sede do poder estadual.
A propina seria para que Lopes blindasse a organização e protegesse os envolvidos de investigações do Ministério Público do RJ. Ele teria, inclusive, pedido favores ao grupo de Cabral.
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