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Com emprego garantido, venezuelanos são levados de Roraima para Bahia em novo processo de interiorização

Cinco imigrantes serão levados para Salvador e outros 25 para a cidade de Alagoinhas, onde serão empregados em uma indústria de bebidas.

25/10/2018 às 16h59 Atualizada em 25/10/2018 às 17h03
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Mais 30 venezuelanos foram levados de Boa Vista para os municípios de Salvador e Alagoinhas, na Bahia, na manhã desta quinta-feira (25). Esta é a 14º etapa do processo de interiorização que ocorre em uma nova modalidade, a qual sinaliza a possibilidade de empregos aos imigrantes.

A aeronave C-99 da Força Aérea Brasileira decolou às 8h (horário local) do Aeroporto Internacional Atlas Brasil Cantanhede. Dos imigrantes, 25 serão levados para Alagoinhas com emprego garantido. Eles vão trabalhar em uma indústria de bebidas. Os outros cinco venezuelanos serão levados para a capital do estado, Salvador.

De acordo com o porta voz da Operação Acolhida, Major Eduardo Milanez, a nova modalidade do processo foi idealizada pelas Forças Armadas e viabilizada pela Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI), responsável pela negociação com a empresa e o apoio social aos imigrantes.

“Para esse tipo de ação nós contamos com a participação do empresariado de fora, para que assim, as unidades de emprego cheguem até a Operação Acolhida, oferecendo as vagas de emprego para que a gente viabilize esse tipo de interiorização”, disse.

Jesus Aldemir é um dos beneficiados com a ação. Emocionado, ele disse que está muito feliz em ter conseguido um emprego no Brasil, pois agora poderá ajudar os familiares que ficaram na Venezuela.

“Vim aqui para lutar e ajudar eles [os familiares]. Quero viver aqui com minha esposa e filho. Estou muito feliz, muito agradecido com todos os brasileiros pela oportunidade”, comentou.

Com esta etapa chega a 2.782 o número de imigrantes interiorizados desde o início do processo, em abril.

O venezulano Jesus Aldemir garantiu uma vaga de emprego e segue para Alagoinhas — Foto: Reprodução/ Rede Amazônica Roraima

Interiorização

A interiorização, criada para lidar com o intenso fluxo de venezuelanos que cruzam a fronteira de Pacaraima, ao Norte de Roraima, busca ajudar os solicitantes de refúgio e de residência a encontrar melhores condições de vida em outros estados brasileiros. Todos os envolvidos aceitam, voluntariamente, participar do programa e são vacinados, submetidos a exames de saúde e regularizados no Brasil - inclusive com CPF e carteira de trabalho.

A iniciativa conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Para aderir à interiorização, o Acnur identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as vagas disponíveis nos destinos. A agência assegura que os indivíduos estejam devidamente documentados e providencia melhorias de infraestrutura nos locais de acolhida.

A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte.

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