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Sem mandato, Magno Malta pode ser acomodado em 'Ministério da Família'

Nos bastidores, fala-se não só no nome do senador que é também pastor evangélico e cantor gospel, mas também num rebatismo da área: poderia se chamar Ministério da Família

31/10/2018 às 22h12
Por: Correio
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O senador Magno Malta (PR-ES) no plenário da Casa - Pedro Ladeira/Folhapress
O senador Magno Malta (PR-ES) no plenário da Casa - Pedro Ladeira/Folhapress

Seria uma pasta só sob o selo social, que abarcaria Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. E, em seu comando, um dos aliados de primeira hora do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o senador Magno Malta (PR), que não conquistou a reeleição no Espírito Santo. Nos bastidores, fala-se não só no nome do senador que é também pastor evangélico e cantor gospel, mas também num rebatismo da área: poderia se chamar Ministério da Família. O próprio Magno Malta teria usado o termo, segundo duas pessoas com quem ele esteve e com quem a Folha conversou (e que pediram para não ser identificadas). Sua assessoria nega.

O pastor Silas Malafaia recebeu Bolsonaro para um culto na terça (30), em sua Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e retribuiu a visita, indo à sua casa no dia seguinte. Conta à Folha que não ouviu do capitão reformado a intenção de criar uma pasta com família no nome, mas escutou, sim, que Malta é uma peça garantida em seu governo. “A única coisa que ele falou”, diz o líder religioso, é que o senador é “um cara vital e guerreiro e que está sem mandato” a partir de 2019. Logo, teria espaço cativo em seu ministério. Bolsonaro chegou a dizer, durante a Marcha para Jesus, em junho, que enviou uma “cartinha de amor (https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/05/bolsonaro-diz-que-mandou-cartinhade-amor-para-seu-vice-dos-sonhos-magno-malta.shtml)” para convencer Malta a ser seu vice, o que ele não topou. “Não vai ser ministro porque é meu amigo, não”, reproduz Malafaia o que diz ter ouvido de Bolsonaro. Malta iria para a área social pois teria atuação forte no campo. Entre suas maiores bandeiras estão o combate à pedofilia e à legalização de drogas e aborto.

Já disse em 2015, enquanto presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Família Brasileira, que a “agenda progressista” resvala na vulgarização das músicas no carnaval, que por sua vez empurrariam crianças a sexo e drogas. “Em tempos de relativismo moral exacerbado, constará como pauta na agenda ‘progressista’ a relativização da pedofilia também, como ocorreu recentemente no movimento pró-legalização da maconha. Não digam que enlouqueci ou sou paranoico”, afirmou à época. A proposta de fundar o Ministério da Família foi ventilada primeiro por José Maria Eymael (PSDC), então em campanha pela Presidência. Ele terminou com 0,04% dos votos.

Folha de S. Paulo

 

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