Policiais civis de todo o país realizam nesta quinta-feira (22) a terceira fase da operação "Luz na infância", que apura crimes relacionados a pornografia infantil. A ação é coordenada pelo Ministério da Segurança Pública. Também nesta quinta, a Polícia Federal deflagrou a operação "Atalaia", que investiga os mesmos delitos.
No total, 61 pessoas foram presas em flagrante pelas operações, até a última atualização desta reportagem – 43 pelas polícias civis e 18 pela Polícia Federal. As ações focam em 22 estados e no DF (veja a lista no fim da reportagem).
Entre os crimes identificados na operação, estão o armazenamento, o compartilhamento e a produção de pornografia infantil. As penas variam de 1 a 8 anos de prisão.
Guardar fotos e vídeos com esse tipo de conteúdo é considerado crime permanente, segundo a PF. Portanto, após o cumprimento de mandados de busca autorizados pela Justiça, os agentes prendem os dono dos computadores ao encontrar as imagens.
"Esse é um crime asqueroso porque macula e profana a nossa juventude e as nossas crianças, e evidentemente isso as compromete e compromete também o nosso futuro", afirmou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
"Não existe anonimato em rede social. Não existe impunidade em rede social."
Locais das operações
Parceria argentina
As operações também ocorrem, de forma paralela, na Argentina. Policiais do país vizinho visitaram o Brasil em agosto. Eles conheceram os métodos da investigação e a forma como é realizada.
Na ocasião, as equipes brasileiras os ajudaram na identificação de alvos. Por isso, decidiram replicar a ação por lá, mas adaptada à legislação deles.
"Nesta edição da operação, o Corpo de Investigações Judiciais (CIJ) do Ministério Público Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires, Argentina, realiza operação simultânea e cumpre 41 mandados de busca", informou o ministério.
'Luz da Infância'
Na terceira fase da "Luz da Infância", nesta quinta, as polícias civis cumprem 69 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em 18 estados. As prisões em flagrante ocorrem no momento em que policiais encontram materiais ilícitos.
Cerca de mil agentes, peritos e delegados participam da operação. A primeira fase remonta a outubro de 2017, com a prisão de 112 abusadores e cumprimento de 157 mandados de busca e apreensão.
Na segunda edição, ocorrida em maio de 2018, a maior delas, houve cumprimento de 579 mandados de busca, resultando na prisão de 251 pessoas.
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