Com o superfaturamento na construção da sede da Petrobras em Salvador (BA), os projetos e a obra do prédio passaram de R$ 320 milhões para R$ 1,3 bilhão, de acordo com a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Isabel Vieira Groba.
O superfaturamento é alvo de investigação da 56ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (23). O valor de R$ 1,3 bilhão informado pela procuradora é atualizado.
"Esquema bastante orquestrado e organizado de sangria mais uma vez nos cofres da Petrobras", afirmou a procuradora.
Ao todo, 20 pessoas foram presas. Três delas se apresentaram à polícia. Ao todo, há 33 mandados de prisão para 22 alvos. O número de mandados é maior do que o número de pessoas porque alguns dos investigados têm mais do que um endereço.
Dois dos alvos de prisão estão em Israel e em Portugal.
Outros 68 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Os policiais apreenderam documentos, HD’s, mídias e seis veículos de luxo.
Veja onde foram cumpridos os mandados de prisão:
Segundo a PF, os presos preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado, serão levados à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, entre a noite desta sexta e manhã de sábado (24). O exame de corpo de delito deve ser realizado na segunda-feira (26), segundo a PF.
Superfaturamento
Houve superfaturamento nos contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia, de acordo com a PF.
De acordo com a procuradora do MPF, o superfaturamento foi acertado entre a Petrobras e o Fundo Petrobras de Seguridade Social (Petros) para bancar o esquema de propina.
O nome da sede da Petrobras, em Salvador, é Torre Pituba. O prédio foi construído pela OAS e pela Odebrecht – ambas já investigadas anteriormente pela Lava Jato.
A PF não divulgou os nomes dos alvos de prisão. Contudo, foi apurado que Marice Correa, cunhada de João Vaccari Neto, foi presa temporariamente em São Paulo.
Mario Cesar Suarez, da OAS, também foi preso, mas em caráter preventivo. A prisão dele ocorreu na capital baiana.
Já Wagner Pinheiro Oliveira, ex-presidente da Petros e Correios, foi alvo de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
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