Após pousar em Marte nesta segunda-feira (26), a sonda Mars Insight, da Nasa, conseguiu transmitir uma foto nítida da superfície de Marte e emitiu sinais que indicam que os painéis solares estão abertos e coletando a luz do Sol na superfície do planeta vermelho.
Segundo a Nasa, isso significa que a espaçonave poderá recarregar as baterias todos os dias, o que é crucial para a missão, que deverá medir abalos sísmicos em Marte.
Já a foto foi feita por uma câmera instalada no braço robótico.
"A equipe da InSight pode ficar um pouco mais tranquila sabendo que as matrizes solares estão sendo implantadas e recarregando as baterias", disse Tom Hoffman, gerente de projeto da InSight no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia, que lidera a missão.
A Insight tem um par de placas solares, com 2,2 metros de comprimento cada uma. Quando abertos, diz a Nasa, ficam do tamanho de um carro conversível dos anos 1960.
Em Marte, a luz solar é mais fraca se comparada àquela captada na Terra, porque o planeta vermelho está mais distante do Sol. Entretanto, segundo a agência espacial americana, a sonda está preparada para este cenário: ela produz de 600 a 700 watts em um dia claro, o suficiente para manter os instrumentos operando no planeta. Ainda que a poeira cubra os painéis, o sistema continuará produzindo pelo menos de 200 a 300 watts.
Primeira imagem enviada pela sonda Insight de Marte — Foto: Nasa/via AP
Nos próximos dias, a equipe da missão vai ativar o braço robótico da InSight e usar a câmera acoplada para tirar fotos do solo. Com essas informações, os engenheiros vão decidir onde colocar, no planeta vermelho, os instrumentos científicos da espaçonave. A Nasa estima que levará de dois a três meses até que esses instrumentos sejam totalmente implantados e possam enviar dados.
Enquanto isso, a InSight usará seus sensores meteorológicos e magnetômetro para fazer leituras do local de pouso na Elysium Planitia - sua nova casa em Marte.
Ilustração artística mostra como a InSight vai estudar o interior de Marte. — Foto: NASA
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