A reforma da Previdência é o principal desafio do governo Bolsonaro, afirmou Paulo Guedes nesta quarta-feira (2), durante sua cerimônia de posse como ministro da Economia. Ele declarou que o segundo pilar do governo serão as privatizações e o terceiro será a simplificação tributária, com um único imposto.
Ele disse que, se a reforma da Previdência não for feita, terá de acabar com a vinculação orçamentária. Isso significa acabar com a garantia de um gasto mínimo para áreas como educação e saúde. A medida é uma mudança da Constituição e, se for adotada, precisará ser aprovada no Congresso. "A Previdência é uma fábrica de desigualdades. Quem legisla tem maiores aposentadorias. Quem julga tem as maiores aposentadorias, e o povo brasileiro, as menores. Vamos ter que fazer uma reforma da Previdência", disse.
Em seu discurso, o ministro da Economia fez um histórico sobre o problema fiscal brasileiro e disse que a mudança nas regras para concessão de pensões e aposentadorias garantirá 10 anos de crescimento sustentável.
Acabar com vinculações orçamentárias | Ele declarou que, se a reforma não for feita, será necessária a votação de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para acabar com as vinculações orçamentárias. "Ou desvincula tudo ou não tem solução. Se der errado a reforma da Previdência, a coisa [desvinculação] pode dar certo. É bastante provável que a classe política dê um passo à frente e assuma o comando do Orçamento. Vamos descentralizar a distribuição dos recursos públicos", afirmou
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