Quem vai ao campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) é recepcionado por uma bela paisagem de diversas árvores e palmeiras e também dos muitos animais que por lá vivem. Saguis, pássaros e muitos cães e gatos podem ser vistos a todo momento na Uefs. Eles ocupam os módulos da instituição e a tem como morada. Os saguis e pássaros são animais silvestres e independentes e se alimentam de frutas e insetos. Já os cães e gatos, estes dependem exclusivamente da ajuda e da boa vontade humana.
A alimentação e alguns cuidados ficam por conta de estudantes, voluntários, grupos de proteção animal e também da universidade. No entanto, nos últimos dias, a situação tem se agravado ainda mais com o aumento da população desses animais domésticos no campus e também a escassez em alimento. Muitos estão fracos, debilitados e pedindo socorro a população.
A castração é uma alternativa e muitos animais já passaram pelo procedimento. Mas, diariamente chegam novos e a necessidade de evitar a reprodução é latente.Além disso, a adoção responsável é o melhor caminho e muitos estudantes se engajam nessa causa. Campanhas são realizadas constantemente com o objetivo de encontrar lares para os animais e também conscientizar a comunidade que abandono e maus tratos de animais é crime e que a Uefs não tem condições de comportar mais animais no contexto atual.
Segundo uma estudante da Uefs que não quis ser identificada, a instituição possui um gatil que assiste os gatos que vivem no campus e há a atuação de uma veterinária. Ela informou que os gatos ficam neste local para serem castrados e encaminhados para adoção, mas infelizmente o gatil não tem todas as condições necessárias para abrigar os animais. Já os cachorros, ficam espalhados pelo campus sob os cuidados dos alunos e voluntários.
A estudante informou em entrevista ao Acorda Cidade que o objetivo não é retirar os animais do campus, mas somar esforços para lhes oferecer alimentação, cuidados e mais qualidade de vida.
“Precisamos de mais apoio da Universidade para cuidar desses animais e também da comunidade para que seja sensível a causa. Nos ajude com as doações e não abandone mais animais no campus. Nós do grupo de voluntários fazemos campanhas de adoção, castração e conscientização sobre o abandono e suas consequências. Porém está cada vez mais difícil atuar nessas condições”, lamentou.
Bob, o cachorro mais famoso e antigo da Uefs
A ajuda dos voluntários, ajudou a salvar a vida de Bob, um cãozinho sem raça definida que de acordo com os alunos é o mais antigo da instituição e o xodó de todos. Bob passou por dias difíceis, teve câncer, fez quimioterapia e está hoje já está distribuindo simpatia por todo o campus.
Mas, a vida de Bob e de centenas de cães pode não continuar a ser tão boa e cheia de cuidados se a ajuda não chegar a tempo. Os animais pedem ‘socorro’ e lutam a cada minuto pela sobrevivência.
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